O Laboratório de Pesquisa em Malária do Instituto Oswaldo Cruz (IOC-Fiocruz) está desenvolvendo drogas alternativas que possam ser administradas junto com uma vacina contra a malária para aumentar a imunidade em relação à doença. Ainda não há, porém, perspectiva de quando a vacina ou as novas substâncias estarão disponíveis, explicou o chefe do laboratório e presidente da Federação Internacional de Medicina Tropical e Malária, Cláudio Tadeu Daniel-Ribeiro, à Agência Brasil. No momento, a Fiocruz está efetuando testes pré-químicos em animais próximos ao homem (primatas), mas ainda terão de ser feitas experimentações em humanos. “Acho que estamos chegando perto de termos uma vacina, em dez anos, que proteja completamente, e uma que proteja parcialmente, em cinco anos, ou até em três [anos]. As nossas [experiências] estão em um estágio menos adiantado”, manifestou o especialista. No país, a Amazônia concentra 99,6% dos casos de malária. Mas, graças ao diagnóstico imediato, os registros na região caíram 26% em um ano, passando de 241 mil casos, em 2012, para 177 mil, no ano seguinte. Daniel-Ribeiro explicou que quando o tratamento é feito nas primeiras 48 horas após a identificação da doença, diminui a chance de o paciente ficar muito doente e, eventualmente, morrer. Lembrou que 82% dos registros são causados por um parasita que não mata. O tratamento atual utiliza uma associação medicamentosa que mata o parasita em poucas horas. Há boas ferramentas, disse o pesquisador, assegurando que está tentando desenvolver novas drogas, tendo em vista que 18% dos casos de malária se devem ao plasmódio (parasita da malária) que mata. Analisou como oportuna a decisão do milionário norte-americano Bill Gates, nos anos 2000, de investir recursos em pesquisas visando à erradicação da malária no mundo. A partir daí, os pesquisadores passaram a usar testes de diagnóstico rápido e mosquiteiros impregnados de inseticidas atóxicos. Além disso, passou-se a tratar a malária com uma associação de remédios e não apenas um único antibiótico. (Agência Brasil)

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