Procuram-se empresas inovadoras. Este é o lema do Fundo Capital Semente (Criatec), instituído em maio de 2007 com recursos do BNDES e do Banco do Nordeste. O objetivo da iniciativa é único, até o momento, no País: o fundo busca empresas de pequeno e médio portes, com faturamento de até R$ 6 milhões para aportar até R$ 1,5 milhão. A meta do Criatec é audaciosa: injetar recursos em 50 empresas em um prazo de quatro anos. Até o momento, há 10 projetos aprovados, dos quais sete estão em processo de diligência final, e três (dois de Minas Gerais e um do Rio de Janeiro) já tiveram os recursos aportados. O gestor do Criatec, José Lavaquial, foi taxativo: “Estamos atrás de bons projetos porque sabemos onde queremos investir. Não precisamos de ‘power points’ bem-desenhados, mas de uma proposta na qual vislumbremos possibilidade de fazer negócios e, claro, mais à frente, vender participação na empresa, porque este é o objetivo de todo fundo de investimento”. O executivo sublinhou que o Criatec é o primeiro e único fundo voltado especificamente para pequenas e médias empresas – estejam elas organizadas ou ainda não, mas com idéias que possam transformar-se em produtos e conceitos. “Estamos fazendo aporte em uma empresa incubada no Exército, a Subsin SA, que ainda não tem nenhum produto acabado e deverá levar uns três anos para fazê-lo, mas acreditamos na idéia. São robôs voltados para a indústria de petróleo. O nosso aporte viabilizou a empresa e incentivou-a a apostar na governança corporativa”, destacou Lavaquial, que participou do terceiro e último dia do Rio Info 2008, evento de Tecnologia da Informação realizado no Rio de Janeiro. Segundo o executivo, um dos grandes desafios da inovação no Brasil é o de mostrar às empresas, aos desenvolvedores de projeto, que é preciso, sim, estruturar modelos de negócios – não necessariamente rebuscados, mas capazes de mostrar seus potenciais. Hoje, o Criatec, com sede no Rio de Janeiro, tem núcleos em oito cidades, entre elas, Campinas, Florianópolis, Belém e Fortaleza. Lavaquial informou que a média de avaliação de um projeto está em torno de 45 dias, mas admitiu que existem grandes dificuldades. “Infelizmente, não conseguimos receber um projeto acabado. Recebemos muita proposta voltada ainda tão somente para o modelo de captação de recursos. Não é isso que queremos. O nosso objetivo é viabilizar uma empresa de fato”, reforça. Os interessados podem obter informações e mandar projetos pelo endereço: www.fundocriatec.com.br Criatec Nascido a partir de iniciativa do BNDES e gerido pela Antera Gestão de Recursos SA, o Criatec é um fundo de investimentos de capital semente destinado à aplicação em empresas emergentes inovadoras. Tem como objetivo obter ganho de capital por meio de investimento de longo prazo em empresas em estágio inicial (inclusive estágio zero), com perfil inovador e que projetem um elevado retorno. Com investimentos de até R$ 1,5 milhão, o Criatec se torna sócio da oportunidade. O fundo faz o aporte de recursos na empresa em troca de participação acionária. Mesmo que o empreendedor ainda não tenha uma empresa formalizada, é possível submeter a oportunidade para avaliação. A equipe do Criatec atua ativamente com o empreendedor para resolver todas essas questões. Além do investimento, o Criatec participa da gestão das empresas, dando suporte estratégico e gerencial ao empreendedor, ajudando na seleção e formação da equipe, definindo metas e acompanhando os resultados. O objetivo é um elevado retorno com a realização do potencial da oportunidade. Este retorno ocorre no momento da venda da participação do Criatec para um investidor estratégico (um grande cliente da empresa, por exemplo) ou financeiro (um fundo de investimento em médias empresas, por exemplo). A venda da participação (saída do Criatec do empreendimento) acontece em um período que pode variar de dois a 10 anos após o investimento. (Portal Convergência Digital)

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