Quem vê os jogos nos novos estádios já prontos para a Copa de 2014, não tem ideia da tecnologia envolvida para que a qualidade da imagem seja a esperada pelos telespectadores. A GE Lighting, por exemplo, é a responsável pelo projeto de iluminação de cinco das 12 arenas que serão palco do Mundial. Além do Maracanã e da Arena Pernambuco já anunciados, a empresa é ainda responsável pela pelo Estádio Nacional de Brasília, Arena Amazônia (AM) e do Beira Rio, em Porto Alegre (RS). “Os projetos são desenvolvidos pela GE, mas o especificador pode trabalhar junto, pois há muito detalhamento. Para atender as exigências da Fifa e das emissoras de TV, principalmente para as transmissões em HD, utilizamos projetores GE EF 2000 de vapor metálico. O Maracanã, por exemplo, tem 396 destes projetores”, diz Alexandre Ferrari, gerente-geral da GE Lighting para o Brasil. Com a tecnologia, as cores são mais vibrantes e permitem visibilidade sem a projeção da sombra dos jogadores. Segundo o executivo, a GE Lighting pode ainda ser a responsável pela iluminação de mais dois estádios do Mundial. “Vamos concorrer, mas não significa que vamos ganhar”, pondera. Em Brasília e na Arena Amazônia, as soluções de iluminação da GE não estão apenas no campo de jogo, mas em todo o estádio. A empresa também é responsável por soluções UPS (Uninterruptible Power Supplies), que garantem o fornecimento de energia em casos de falhas de suprimento, em três estádios: Natal, Pernambuco e Cuiabá. Líder em iluminação esportiva nos Estados Unidos, a GE Lighting vai dobrar de tamanho este ano no Brasil, devido à estratégia de retomada de mercado. “Cerca de 24% deste crescimento vem dos projetos que envolvem a Copa do Mundo”, destaca Ferrari. “Mas existem também projetos que decorrem do Mundial, como a via de acesso a Arena Pernambuco, que é iluminada pela GE. Também iluminamos a sede do Comitê Organizador das Olimpíadas de 2016. Podemos ainda participar da iluminação para outros esportes.” A empresa vai ainda concorrer pela iluminação do Morumbi, que não será uma instalação para a Copa. “Todos os estádios de futebol que forem remodelar a iluminação estão nos planos. A importância do Brasil é grande para nossa operação global, tanto que temos acompanhado o país com atenção especial, como também fazemos com China e Rússia”, diz o executivo. Além de arenas esportivas, a empresa também está de olho em projetos de iluminação pública e para o varejo. A GE acaba de iluminar as duas pontes que ligam a cidade de Florianópolis (SC) ao continente. “Para o varejo, já temos vários projetos que incluem cadeias de lojas e supermercados”, declara Ferrari, sem dar mais detalhes. “Há espaço para crescer no Brasil, graças a uma tecnologia LED. Muitos querem migrar para esta iluminação”, finaliza.A GE faturou US$ 100 milhões com 175 projetos nas Olimpíadas de Londres, em 2012. Já para 2016, no Rio, projeta R$ 800 milhões. Há diversos projetos de Londres, além da iluminação de estádios, que podem ser aplicados ao Rio. Como as estações de carregamento de veículos elétricos, que somam mais de cem pontos da capital inglesa. Outro ponto são os sistemas de reúso de água, que podem ser utilizados na Vila Olímpica e em estádios. Com isso, é possível economizar entre 30% e 40% no consumo, utilizando água da chuva em banheiros, irrigações ou até sistemas de ar condicionado, por exemplo. (Com informações do Brasil Econômico)