16/08/2018
O segundo dia da Conferência Anpei de Inovação 2018 teceu um panorama para alavancar a geração de valor nas perspectivas das organizações e do ecossistema. Pela manhã, o principal tema abordado foi compliance enquanto estratégia de diferencial e sobrevivência das empresas inovadoras.
Maurício Helfer, Brazil Regulatory Compliance Director da Dell, falou a respeito de aspectos, que geram mudanças de cultura na empresa e outro nível de envolvimento da equipe com as normas a serem cumpridas. O primeiro passo é o empoderamento das pessoas. Segundo Helfer, uma política de portas abertas, que estimula que as pessoas tragam sugestões de liderança, é insuficiente se não forem criadas condições de poder de decisão. Em conjunto é preciso criar sinergia entre as distintas áreas da organização, de modo que todos compartilhem experiências e tenham ciência do papel de cada setor. Uma vez estabelecidas essas conexões, ele destaca a importância de adotarem uma equipe dedicada ao compliance, de modo a sistematizar ações.
Em conjunto, é preciso abordar os últimos dois aspectos – mudança de paradigma e velocidade da confiança – de forma a criar
Marina Niclosi, Advogada Especialista em Compliance Legal e Ético na Duratex, destacou sua experiência como responsável pela implantação e acompanhamento do Compliance na Duratex e ressaltou que a exigência dessa prática, motivada a partir da lei anticorrupção, traz grandes oportunidades de criação de valor para produtos e serviços, uma vez que assegura a segurança e credibilidade das organizações empresariais.
Everson Bassinello, Chief Compliance Officer da Braskem, afirmou que compliance hoje é um fator de competitividade para as empresas. Tem disso uma exigência em inúmeras licitações que valorizam processos que garantam integridade empresarial, funcionando como um influenciador na tomada de decisões. Bassinelo destacou, contudo, que não é um processo fácil ou rápido. Exige mudança cultural e não se faz da noite para o dia, é uma jornada de reestruturação da organização que vem sendo acompanhado de perto pela sociedade e as autoridades, procurando cada vez mais transparência para a empresa.
No período da tarde, Leonardo Garnica, Gerente de Inovação da Natura, conduziu o painel sobre as perspectivas do ecossistema, com a participação de Gabriel Gorescu, Diretor de Pesquisa e Inovação do Grupo Solvay na América Latina, Sandro Valeri, Head de Estratégia de Inovação da Embraer, e Jorge Pacheco, Diretor do State.
Com foco em Open Innovation e na relação de grandes empresas com startups, o painel contou com cases de programas da Solvay e da Embraer, como o Embraer Startup Program, e com dados do ecossistema de inovação, apresentados por Jorge Pacheco.
De acordo com o Diretor do State, 73% das startups brasileiras fazem parte das 10 maiores comunidades de empreendedores. 77% delas focam em clientes coorporativos. E 75% delas já participaram de programas de aceleração.
Após apontar os principais desafios dessa interação, como compliance, gestão, etc., Gabriel Gorescu deixou uma mensagem para as grandes empresas. “O importante é olhar para fora. Não podemos achar que conseguiremos resolver tudo sozinhos”, disse o Diretor de Pesquisa e Inovação do Grupo Solvay na América Latina, ressaltando a importância das parcerias e do Open Innovation.