Inovação não é escolha, mas necessidade para o desenvolvimento econômico e social do país. Foi assim que Glauco Arbix abriu o seu discurso de posse (http://www.finep.gov.br/dcom/arbix_posse_discurso.pdf) como o novo presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). O sociólogo confirmou a intenção de transformar a agência em instituição financeira nos próximos anos. De acordo com Arbix, a Finep deve duplicar sua capacidade de crédito, atingindo R$ 4 bilhões ao final de quatro anos. Poucas instituições no mundo atuam da pesquisa ao crédito, como aqui. O Brasil precisa de um choque de inovação e a Finep será protagonista desse processo na condição de um banco de fomento, explicou. Presente à posse, o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, afirmou que a produção científica brasileira já cresce cinco vezes mais do que a média mundial. Ele ressaltou, ainda, que a qualidade das patentes brasileiras está acima dos outros países componentes do chamado grupo dos BRIC (Brasil, Rússia, Índia e Coréia do Sul). Temos uma janela de oportunidades em áreas como o pré-sal que apontam a necessidade da incorporação definitiva da inovação na cultura empresarial. De acordo com o ministro, é necessário que as produções acadêmicas também participem do processo de desenvolvimento econômico. Não é possível que as patentes ligadas, por exemplo, ao óleo de copaíba, encontrado em abundância na região amazônica e usado lá há séculos, estejam exclusivamente em mãos estrangeiras, afirmou. Mercadante elencou as áreas de gás e energia, complexo de saúde e nanotecnologia como algumas das prioridades de sua pasta. Ao comentar o discurso de Arbix, que precedeu a sua fala, também avaliou como fundamental a transformação da FINEP em instituição financeira. Em 2002, foram investidos R$ 350 milhões do FNDCT (Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). Já no ano passado, o desembolso foi de R$ 3,1 bilhões. Para o ministro, este crescimento denota a força conquistada pela FINEP nos últimos oito anos, mas ele acredita que a Financiadora ainda possa ir além. Como instituição financeira, a Finep vai ter muito mais eficácia e eficiência para poder financiar pesquisa e inovação, a exemplo do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), pois não dependerá de recursos orçamentários, explicou. O ex-presidente Luis Fernandes, que abriu a cerimônia de posse, comemorou os resultados de sua administração, afirmando que pretende voltar a se dedicar exclusivamente à carreira acadêmica. São doze anos como gestor na área de C,T&I, e quero voltar a fazer pesquisa. Agora, serei um potencial cliente da FINEP, sentindo na outra ponta as ações implementadas nos últimos quase quatro anos. O secretário-executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia, Luiz Antonio Elias, também participou da posse, além autoridades, representantes de universidades e do setor empresarial. (Fonte: Finep)

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