O governo quer participar e acompanhar o processo capitaneado por entidades como a Anpei de tornar a inovação um fator estratégico para o aumento da competitividade das empresas e do País, disse o ministro do Planejamento Paulo Bernardo Silva na solenidade de abertura da X Conferência Anpei de Inovação Tecnológica. Na avaliação do ministro, não há dúvidas de que o governo está empenhado em estimular a inovação no País e que o aumento nos últimos anos da dotação orçamentária do BNDES, da Finep e do MCT são uma prova cabal disso. Porém, reconheceu que os recentes investimentos governamentais representam apenas o começo e ainda são insuficientes para dar conta dos desafios que o País enfrentará nos próximos anos. Entre eles, Bernardo destacou a exploração da camada do pré-sal, a realização da Copa em 2014 e das Olimpíadas em 2016. O ministro assegurou que o Brasil não só superou a crise financeira mundial, que abateu as economias desenvolvidas, como está discutindo hoje uma agenda para o futuro do País. Ele atribuiu a rápida recuperação da economia brasileira e a saída da crise do Brasil antes dos países desenvolvidos à política fiscal adotada pelo atual governo. Na opinião de Paulo Bernardo, os resultados positivos das contas públicas nos anos que precederam a crise possibilitaram que os recursos economizados com a arrecadação tributária pudessem ser utilizados para estimular a economia brasileira em um momento de turbulência no mercado mundial. “O Brasil não tem problemas de gestão de suas contas públicas”, assegurou, fazendo alusão a países europeus como a Grécia, que passa por uma crise fiscal.