A GranBio, empresa de biotecnologia industrial 100% brasileira, iniciou produção na primeira fábrica de etanol de segunda geração (2G) em escala comercial do Hemisfério Sul. A Bioflex 1, unidade construída em São Miguel dos Campos, Alagoas, tem capacidade inicial de produção de 82 milhões de litros de etanol por ano. O etanol 2G da GranBio é o combustível produzido em escala comercial mais limpo do mundo em intensidade de carbono – 7,55 gCO2/MJ, índice comprovado pelo Air Resources Board (ARB), da Califórnia. O cálculo leva em conta as emissões de CO2 desde a coleta da matéria-prima, passando pelos insumos e consumo de energia, até o transporte e distribuição em porto da Califórnia. Nenhum outro combustível produzido em larga escala é mais vantajoso para o meio ambiente e para reversão das mudanças climáticas que o da GranBio, primeira produtora de etanol 2G a ter a pegada de carbono aprovada pelo órgão americano. Para viabilizar o projeto, a GranBio, controlada pela GranInvestimentos S.A., investiu US$ 190 milhões na construção da fábrica e US$ 75 milhões no sistema de cogeração de vapor e energia elétrica, esse último em conjunto com a Usina Caeté, do Grupo Carlos Lyra. As obras foram concluídas em 20 meses, menor prazo se comparado a qualquer outro empreendimento desse porte, e foram gerenciadas pela GranEnergia, empresa também controlada pela GranInvestimentos S.A. Quando anunciamos a construção da fábrica em Alagoas, em meados de 2012, assumimos o risco da inovação e do pioneirismo em um projeto com potencial transformador para as indústrias de biocombustíveis e bioquímicos, afirma o presidente da GranBio, Bernardo Gradin. Mais do que a inauguração de uma fábrica, esse projeto é uma prova de que o Brasil pode liderar a indústria de biotecnologia mundial a partir de seu potencial agrícola, diz Gradin. O Brasil tem potencial de aumentar em 50% a produção de etanol apenas com uso de palha e bagaço, sem necessidade de ampliação de canaviais. A GranBio desenvolveu um sistema de coleta, armazenamento e processamento de palha equivalente a 400 mil toneladas por ano para a Bioflex 1, o que o coloca entre os maiores e mais competitivos do mundo. A fábrica da GranBio utiliza a tecnologia de pré-tratamento PROESA da empresa italiana BetaRenewables (empresa do Grupo M&G), as enzimas da dinamarquesa Novozymes e as leveduras da holandesa DSM. Cogeração A GranBio e a Usina Caeté, do tradicional grupo alagoano Carlos Lyra, criaram uma parceria para a produção integrada de vapor e energia elétrica. Instalado ao lado da Bioflex 1, o sistema de cogeração é alimentado com bagaço de cana-de-açúcar e lignina subproduto gerado no processo de produção do etanol de segunda geração. Trata-se de uma solução inédita de bioenergia no Brasil, pois é a primeira vez que a lignina será usada para esse fim na indústria sucroalcooleira. O investimento conjunto das empresas chegou a US$ 75 milhões. A caldeira do sistema de cogeração permanecerá em operação durante onze meses no ano, o equivalente a oito mil horas, no período de safra e entressafra da usina Caeté. Assim, além de atender às necessidades das duas fábricas, a caldeira gerará um excedente de energia elétrica da ordem de 135.000 MWh/ano o suficiente para abastecer uma cidade de 300 mil habitantes -, que será comercializado e se tornará uma fonte de renda para as empresas. O investimento em bioenergia reforça uma tendência irreversível no mercado de energia do Brasil. Além de uma alternativa para suprir a demanda do País, a geração de energia com resíduos antes deixados no solo proporciona uma redução considerável na emissão de CO2 para o meio ambiente.

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