O novo regime automotivo, anunciado pelo governo federal, deve estimular o desenvolvimento de tecnologias que melhorem a eficiência de motores movidos a etanol no Brasil, que estacionou e vem até regredindo nos últimos anos. A avaliação foi feita por pesquisadores participantes do Workshop Internacional sobre Aplicações do Etanol para Motores Automotivos, realizado no dia 4 de outubro na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Estamos produzindo veículos flex que, quando operam com etanol, têm eficiência menor do que quando movido a gasolina. É fundamental aumentar o conhecimento de engenharia e desenvolvimento de calibração de motores a etanol porque as novas políticas públicas para diminuir as emissões de CO2 pelos automóveis devem aumentar a pressão sobre o etanol, disse Francisco Nigro, professor do Departamento de Engenharia Mecânica da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) e pesquisador na área de combustíveis alternativos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT). O novo regime automotivo dará incentivos fiscais para montadoras com fábricas instaladas no país que investirem em pesquisa e desenvolvimento para a produção de veículos mais seguros, que consumam menos combustível e que emitam menos poluentes. As empresas mais beneficiadas serão as que atingirem, em 2017, a meta de produzir automóveis com desempenho de 17,26 quilômetros por litro de gasolina e de 11,96 quilômetros de etanol, a exemplo das metas fixadas por outros países, como os da Europa. Hoje, a média de consumo de um veículo típico brasileiro é de 14 quilômetros por litro de gasolina e 9,7 quilômetros por litro de etanol. Com essa nova legislação para reduzir o consumo de combustível no Brasil, a tendência é que as montadoras instaladas no País, que são multinacionais, tragam para cá o que há de mais sofisticado em termos de tecnologias para melhorar a eficiência da gasolina desenvolvidas no exterior, como injeção direta e motores menores com turbo, avaliou Nigro. Provavelmente, isso deve aumentar a diferença na eficácia entre a gasolina e o etanol no Brasil, porque os veículos são desenvolvidos em nível mundial para utilizar gasolina, e também terão que ser bem desenvolvidos para o álcool aqui no país. Isso deve estimular o desenvolvimento de tecnologias para aumentar a eficiência do etanol, apontou. (Com informações da Agência Fapesp)

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