O Brasil é o 5º maior produtor mundial de vestuário e as tendências indicam para pesquisas com tecidos que mudam de cor, imunes a manchas, líquidos e roupas integradas a sistemas eletrônicos. Essas são algumas das apostas tecnológicas feitas pelo Brasil apontadas no Panorama Setorial de Têxtil e Confecções, produzidos pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), apresentado na quinta-feira (17/03) no lançamento do Programa de Capacitação em Ferramenta de Qualidade e Inovação para o setor têxtil, em Americana (SP). A Capacitação é uma promoção da ABDI em parceria com Polo Tecnológico da Indústria Têxtil e de Confecção (Polo TecTex) e atenderá cerca de 50 empresas do interior paulista, que abriga mais de duas mil empresas. O objetivo é auxiliá-las a desenvolver produtos e processos produtivos com o uso de novas tecnologias, empreendedorismo e ferramentas de qualidade. O Programa tem 700 horas de duração e focará várias etapas do processo produtivo, inclusive aplicação prática. O conteúdo será transmitido pela Fundação Vanzolini, da Universidade de São Paulo, que já iniciou o diagnóstico das necessidades das empresas inscritas. “Esse levantamento identificará qual a prioridade de treinamento para cada empresa. Algumas precisam investir em qualidade, outras em inovação. O curso pretende atender a essas demandas”, explica o líder do Projeto de Têxtil e Confecções da ABDI, Caetano Ulharuzo. O Panorama Setorial de Têxtil e Confecções faz parte da série Cadernos da Indústria, publicado pela ABDI com a colaboração de um Comitê Gestor formado pelos principais atores desta cadeia produtiva. O estudo fez um levantamento da situação atual, uma projeção para o futuro e mostra as escolhas feitas pelo Brasil dentro das possibilidades levantadas, como roupas que utilizam a nanotecnologia para mudar de cor, não mancham ou bloqueiam raios ultravioleta. A expectativa para o futuro é construir uma cadeia, em todos os seus elos, que não foque apenas a mão de obra intensiva, mas que trabalhe pensando na funcionalidade, na interação com outros setores e na criatividade tecnológica. (Com informações da ABDI)