03/07/2018
Um levantamento apresentado pela Desenvolve SP mostra que as empresas inovadoras crescem 16% a mais, em relação às não inovadoras, são 31% mais produtivas, pagam salários 28% acima e exportam 12% mais valor. Os dados reforçam a importância de programas de incentivos e leis específicas sobre o tema.
Diante deste cenário, o Estado de São Paulo promove uma série de iniciativas para o estimula da inovação tecnológica, por meio das agências de fomento. A principal delas é o apoio financeiro, disponível na figura de linhas de crédito e parcerias, que podem ocorrer em cada etapa da inovação – pesquisa, desenvolvimento do projeto, fabricação e comercialização.
Embora existam diferentes formas de acesso às linhas de fomento e crédito, inda falta conhecimento por parte dos empreendedores, especialmente os pequenos. É o caso de Silvania Macena, 42, que recentemente tentou abrir uma empresa e não sabia que poderia contar com a ajuda dos agentes públicos e privados que participam da cadeia de financiamento à inovação no Estado de São Paulo.
“Sempre quis empreender, mas adiei meu sonho por falta de recursos financeiros. Até pensei em fazer um empréstimo, mas não sabia da possibilidade de contar com uma agência de desenvolvimento e nem do crédito para inovação, pensei que fosse só para as grandes empresas. Agora, posso voltar a planejar”, diz a futura empresária.
Conhecida como a Lei da Inovação Tecnológica, a Lei 15.099/2013, de autoria do deputado estadual Itamar Borges, veio para tornar os programas de apoio à inovação mais simples, menos burocráticos e mais abrangentes. O texto trata sobre programas específicos de inovação tecnológica para as microempresas e para as empresas de pequeno porte.
Entidades como agências de fomento, instituições científicas e tecnológicas e núcleos de inovação tecnológica deverão aplicar no mínimo 20% dos recursos destinados à inovação para o desenvolvimento de tal atividade nos pequenos negócios.
A Lei ressalta ainda que os recursos serão disponibilizados às pequenas e microempresas de forma favorecida e simplificada. As condições de acesso a esses recursos, bem como o montante disponível, deverão ser expressos no orçamento das instituições e amplamente divulgados.
“Inovação é o caminho para estimular a produtividade e a competitividade nas pequenas empresas, e são elas que movimentam a economia. Precisamos criar uma cultura de inovação tecnológica em todo o Estado”, afirma o Itamar Borges, que é presidente da Frente Parlamentar do Empreendedorismo da ALESP. “Inovar é tão importante quanto produzir”, completa o deputado.
O desafio de se estabelecer uma cultura inovadora no Brasil está amparado na constatação de que a produção de conhecimento e a inovação tecnológica passaram a ditar crescentemente as políticas de desenvolvimento dos países. Além disso, os brasileiros são empreendedores natos. Sem dúvida, ainda há um longo caminho a percorrer, mas os primeiros passos já foram dados.
(Terra)