Pequenas empresas também podem inovar. Foi o que mostrou o talk show Inovação é possível para a pequena empresa?, realizado nesta segunda-feira durante a 14ª Conferência Anpei, que está ocorrendo em São Paulo. Foram apresentados cases de inovação das empresas Feitiços Aromáticos, de São Paulo, Protect Confecções, de Campinas, e Socio Tec, de São José do Rio Preto. Cada uma delas mostrou como ocorre seu processo de inovação, e como é feita a captura de novas ideias e sua transformação em produtos. Raquel Viana da Silva, da Feitiços Aromáticos, explicou que a empresa, fundada há 12 anos, atua em nichos de mercado. Os produtos fabricados por ela não são distribuídos em perfumarias e drogarias, mas em lojas segmentadas. Quanto à inovação, ela contou que a empresa plantou uma árvore em seu pátio, na qual os funcionários, clientes e fornecedores podem pendurar, em pequenos cartões, novas ideias e sugestões para a criação de produtos inovadores. Algumas delas já viraram produtos, disse. Mas mesmo as ideias não aproveitadas ficam guardadas. No futuro, elas poderão ser analisadas de novo. No caso da Socio Tec, sua representante na Conferência, Joyce Uliana Rosa da Silva, explicou que a empresa, fabricante de equipamentos para automação da indústria de confecções, vende inovação para seus clientes. Mas também valoriza as ideias surgidas internamente. Inovação é uma novidade, uma ideia diferente, disse. Não é algo necessariamente caro. Às vezes, uma ideia simples pode dar grandes resultados. Ela citou como exemplo a mudança na forma como a Socio Tec pesquisa a satisfação de seus clientes. Antes nós esperávamos eles virem até nós, contou. Agora vamos até eles, para ouvi-los. O resultado foi muito bom, aumentando a satisfação deles. Com 20 anos de existência, a Protect Confecções, também ouve seus funcionários, clientes e fornecedores. Para a isso, a empresa, fabricante de equipamentos de proteção individul (EPI) para aplicação de defensivos agrícolas, instalou uma caixa de sugestões, para recolher as ideias e propostas. Todas são analisadas e registradas, contou Giulianno Formagio, durante sua participação no talk show. De vez em quando aparece uma ideia fantástica. Foi o caso de uma apresentada por um vendedor da empresa. Ele sugeriu que a empresa, em vez de apenas vender as vestimentas especiais para a aplicação de defensivos agrícolas, poderia criar um serviço de aluguel delas. Esse tipo de EPI sempre deve ser lavado depois de usado uma vez, explicou Formagio. Uma fazenda que tenha, por exemplo, 400 aplicadores teria que ter quase uma lavanderia. Agora, com nosso serviço ela apenas aluga as vestimentas, que depois de cada uso, pegamos de volta e lavamos. Criamos um novo nicho de mercado. No final do talk show, os três reprentantes das empresas que apresentaram os cases falaram sobre os sonhos de cada uma. Nós queremos crescer e ser uma franquia no nosso ramo de atuação, disse Raquel. De acordo com Joyce, o grande objetivo da Socio Tec é se transferir para uma sede maior, que deverá ser instalada num parque tecnológico, que está sendo criado em São José do Rio Preto. Para a Protect, o sonho é ampliar o número de clientes. Hoje, existem no Brasil cerca de 4,5 milhões de aplicadores de defensivos agrícolas, mas apenas um milhão usam os EPI corretamente, explicou. Queremos atingir esses aplicadores que não usam os equipamentos ou os usam incorretamente.

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