Site logo
Sticky header logo
Mobile logo
  • A ANPEI
    • História e Governança
    • Conselho Consultivo
    • Agenda Geral
  • Articulação
    • Articulação para Inovação
    • Lei do Bem
    • Associados
  • Calendário 2025
  • Cursos
    • Innovation Architect
  • Colaboração
    • Conferência ANPEI de Inovação
    • Enrich in LAC
    • Parcerias Institucionais
    • Comitês
      • Gestão da Inovação
      • Fomento
      • Inovação Aberta
      • Propriedade Intelectual
  • Conteúdo
    • BLOG
    • Central de conteúdos
  • Contato
    • Canal de denúncias
  • Associe-se
PrevEUA conhece o sistema mineiro de inovação02 março 2010NextEdição nº510 março 2010
  • ANPEInews

Inovação versus recursos naturais

3 de março de 2010in ANPEInews 0 Comments 0 Likes

Em artigo publicado no jornal “O Estado de S. Paulo”, professores do Instituto de Economia da Unicamp fazem ressalvas às ideias dos autores do livro “Time for a visible hand”, lançado em fevereiro no Brasil. Leia o artigo na íntegra: “Repercutiu na imprensa o lançamento do livro “Time for a Visible Hand”, editado por Joseph Stiglitz e José Ocampo, com um alerta de que os países não podem basear suas estratégias de desenvolvimento e redução da pobreza no setor agrícola, em recursos naturais e/ou no comércio de commodities. Para o destacado economista Giovanni Dosi, que participa do livro, o “setor agrícola tem claros limites e nossa recomendação é para que nenhum país emergente dependa do setor para sair da condição de subdesenvolvimento”. O Brasil precisa de “mais Embraers” e deveria compensar as desvantagens em relação à China e à Índia promovendo os setores de alta tecnologia. Ainda não tivemos acesso ao livro e fazemos os comentários abaixo com base em resumos e declarações publicadas. A recomendação – quase um clichê desenvolvimentista – de que os países não deveriam definir estratégias de desenvolvimento baseadas na utilização de recursos naturais, além de irrealista, pode motivar políticas equivocadas. Basta lembrar os efeitos desastrosos da recente taxação às exportações agrícolas pelo governo argentino. É irrealista porque o processo de industrialização e a verdadeira dinamização do setor serviços baseada em tecnologia originam-se de trajetórias que não existem, nem como possibilidade remota, para um grande número de países. Em mais de um artigo, neste espaço, temos insistido em que a visão que contrapõe agropecuária, exploração de recursos naturais e comércio de commodities ao desenvolvimento de setores de alta tecnologia, como se fossem trajetórias excludentes, é equivocada. No passado, o arranjo de políticas desenvolvimentistas continha trade offs setoriais e exigia opções duras em favor de certos segmentos que implicavam restrições a outros. A política de câmbio pró-substituição de importações prejudicou o desenvolvimento da agropecuária, que contou com políticas compensatórias cujos efeitos sociais e econômicos negativos são amplamente reconhecidos e incluem desde a concentração da propriedade e da renda, a migração massiva e acelerada, até o crescimento horizontal predatório, que só vem sendo superado nas duas últimas décadas em razão da inovação tecnológica. Hoje o dinamismo do agronegócio se apoia e favorece os setores de alta tecnologia, e não há por que não incorporá-lo às estratégias de desenvolvimento dos países. A Petrobrás é um bom exemplo do falso dilema entre exploração de recursos naturais e alta tecnologia. Qualquer jovem da nossa idade estudou há 50 anos que o Brasil era pobre em petróleo e, se hoje temos até pré-sal, isso se deve à aplicação de tecnologia para mapear e se apropriar de recursos naturais. Imagine o potencial de uma estratégia de desenvolvimento e combate à pobreza baseada na exploração sustentável de recursos naturais da Amazônia, com base em bioprospecção e biotecnologia? Ainda que os ambientalistas apontem, com certa razão, que no mundo de hoje a natureza adquiriu valor intrínseco, o fato é que sua transformação em riqueza só é possível com a aplicação de conhecimento, tecnologia de ponta e inovação institucional. Mais Embraers? São, obviamente, bem-vindas. Ocorre que todos os exemplos de projetos exitosos em setores que envolvem o uso e o domínio de alta tecnologia – da Petrobrás, Embraer, Embrapa/Agricultura, Braskem, Brazil Foods, etc. -, baseados ou não em recursos naturais, são resultado de décadas de amadurecimento, contaram com políticas públicas relevantes e participação ativa do setor privado, de instituições de ensino e pesquisa e de empresas públicas e privadas. Mesmo reconhecendo progressos significativos nos últimos dez anos, em que se destacam os Fundos Setoriais de CT&I (2000-2002), a equalização de taxas de juros do Fundo Verde-Amarelo (2002) e a Lei de Inovação (2004), o Brasil continua distante de um arranjo favorável à inovação. Entre 48 países, o Brasil é o 42º em matéria de inovação (estudo da OCDE, 11/2009). Mais ainda, a Carta Iedi nº 402 (12/2) revela que poucas empresas inovam e que o porcentual do PIB investido em pesquisa e desenvolvimento (P&D) está bem abaixo dos nossos concorrentes. Isso para não falar do sistema educacional que não consegue ensinar Matemática – linguagem básica da ciência – à maioria dos nossos jovens que concluem o ensino médio e que ainda não são a maioria. _________________________________________________________________ Antonio Marcio Buainain e José Maria da Silveira são professores do Instituto de Economia da Unicamp.

0 Likes
Deixe uma resposta

Click here to cancel reply.

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Newsletter

Inscreva-se para receber nossos conteúdos

Seu nome:*

Seu e-mail:*

Posts recentes

ANPEI RESSALTA A IMPORTÂNCIA DA MANUTENÇÃO INTEGRAL DO ORÇAMENTO DO FNDCT EM 2025
ANPEI RESSALTA A IMPORTÂNCIA DA MANUTENÇÃO INTEGRAL DO ORÇAMENTO DO FNDCT EM 2025
1.11.2024
ANPEI defende revisão do plano de carreiras do INPI em 2024
ANPEI defende revisão do plano de carreiras do INPI em 2024
25.06.2024
ANPEI apoia orçamento integral para a Fapesp em 2025
ANPEI apoia orçamento integral para a Fapesp em 2025
9.05.2024

Categorias

  • ANPEInews (7.847)
  • Apoio Institucional (10)
  • Articulação (29)
  • Associação de Inovação (25)
  • Cadastre-se (2)
  • Comitês (46)
  • Conferência ANPEI (20)
  • Contato (2)
  • Cooperação (7)
  • Cooperação para Inovação (23)
  • Desenvolvimento & Inovação (11)
  • desenvolvimento sustentável (1)
  • Destaques (453)
  • Educação Executiva (1)
  • Educanpei (167)
  • Eleições (2)
  • FNDCT (1)
  • Fomento (18)
  • Gestão da Inovação (7)
  • Governo Estadual (3)
  • Governo Federal (11)
  • Guia Prático de Apoio à Inovação (3)
  • IBN (1)
  • ICT-Empresas (4)
  • Imprensa (5)
  • Indústria-Startup (13)
  • Innovation Architect (1)
  • Inovação (7)
  • Inovação Aberta (8)
  • INPI (11)
  • Institutos privados de pesquisa (7)
  • Institutos públicos de pesquisa (9)
  • Inteligência Artificial (2)
  • Internacional (7)
  • Internet das Coisas (1)
  • Lei do Bem (16)
  • Leis de incentivo (36)
  • Nacional (17)
  • NIT (6)
  • Notícias (36)
  • Orçamento para PD&I (1)
  • PD&I (11)
  • Pesquisa (4)
  • Políticas Públicas (11)
  • Programa Nacional (5)
  • Programas Estratégicos (12)
  • Propriedade Intelectual (9)
  • Publicações (13)
  • Recursos (9)
  • Recursos para Inovação (23)
  • Sem categoria (21)
  • Startups (9)
  • Transformação digital (4)

Tags

ambiente de inovação covid-19 evento evento de inovação Fomento Gestão da Inovação Gestão da PI GT Indústria Startup GT Marco Legal indústria 4.0 inovação inovação aberta INPI Interação ICT-Empresa lei do bem MCTIC open innovation propriedade intelectual startups tecnologia

Av. Prof. Almeida Prado, 532
Prédio 53 – Butantã – 05508-901

 

Comunicação: comunicacao@anpei.org.br

Gabriela – +55 11 98886-6581
relacionamento@anpei.org.br

Fabio – +55 11 99194-5037
associado@anpei.org.br

© 2024 ANPEI - Todos os direitos reservados.
Nós, da ANPEI, nos preocupamos com a sua privacidade.
Ao clicar em “Aceitar” você concorda com o armazenamento de cookies no seu dispositivo para melhorar a navegação no site, analisar a utilização do site e melhorar as iniciativas de marketing.
Aceitar
Manage consent

Privacy Overview

This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Necessary
Sempre ativado
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. These cookies ensure basic functionalities and security features of the website, anonymously.
CookieDuraçãoDescrição
cookielawinfo-checkbox-analytics11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics".
cookielawinfo-checkbox-functional11 monthsThe cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional".
cookielawinfo-checkbox-necessary11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary".
cookielawinfo-checkbox-others11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other.
cookielawinfo-checkbox-performance11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance".
viewed_cookie_policy11 monthsThe cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data.
Functional
Functional cookies help to perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collect feedbacks, and other third-party features.
Performance
Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.
Analytics
Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.
Advertisement
Advertisement cookies are used to provide visitors with relevant ads and marketing campaigns. These cookies track visitors across websites and collect information to provide customized ads.
Others
Other uncategorized cookies are those that are being analyzed and have not been classified into a category as yet.
SALVAR E ACEITAR