As inovações tecnológicas que serão implementadas pela Vale no projeto S11D elevaram em cerca de US$ 2 bilhões o orçamento, para os atuais US$ 19,6 bilhões, segundo o diretor de Projetos Ferrosos Norte da Vale, Jamil Sebe. O “pulo do gato” são a peneiração a seco, que reduzirá o consumo de água em 93%, e o sistema truckless (sem caminhões), que diminuirá o consumo de diesel em 77%, quando comparados com o modelo tradicional de lavra e transporte de minério. Essas inovações possibilitarão a redução de emissões de gases do efeito estufa em 50%. Sem essas duas inovações, dificilmente teríamos conseguido as licenças. A peneiração a seco foi nosso divisor de águas. Quando o minério sai da mina em Carajás, tem um teor de umidade de 10%. Na lavra tradicional, seria lavado e peneirado para se separar as impurezas. No novo modelo, a peneira chacoalha de tal forma que consegue limpar o minério sem água. O sistema truckless consiste no transporte do minério à usina de beneficiamento por meio de correias transportadoras. Foi desenvolvido pela australiana SKM. No caso do S11D, o minério será removido da mina, que fica no meio da floresta, por escavadeiras. Em seguida, será colocado sobre essas correias, que percorrerão nove quilômetros até chegar à usina, já fora da área da floresta. Como o minério é úmido, explica Sebe, não há risco de o pó cair sobre as árvores ao longo do caminho. As correias também serão usadas para levar o material estéril (terra, por exemplo) até um local igualmente fora da área de floresta. Na concepção original do projeto, a usina e as pilhas de material estéril ficariam no interior na floresta. Com as inovações, cerca de mil hectares de vegetação foram preservados. As obras de terraplanagem para a usina começaram e ficarão a cargo da construtora Andrade Gutierrez, que tem um contrato de R$ 1,5 bilhão para o S11D, incluindo um ramal ferroviário. Outra inovação do S11D foi a construção das estruturas do projeto em módulos. Hoje, a Vale já atua na Serra Norte de Carajás. O S11D fica na Serra Sul (daí o S na sigla do projeto) e tem o escopo de atuação limitado ao bloco D do corpo mineral 11. A Serra Sul tem 45 corpos minerais. O projeto terá capacidade para 90 milhões de toneladas de minério por ano, com início de operação em 2016. (Com informações do O Globo)

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