Se o Brasil aderisse hoje ao Protocolo de Madri, os empresários brasileiros poderiam aproveitar imediatamente as vantagens do tratado que permite o depósito internacional das marcas de forma simples, ágil e mais barata. Isso porque, segundo o presidente do INPI, Jorge Ávila, o Instituto já está preparado para atuar com o protocolo, tanto em termos técnicos quanto de pessoal. O sistema de Madri já recebeu o apoio de diversas entidades e federações das indústrias no País. De acordo com Ávila, a adesão brasileira ao Protocolo de Madri, que depende de envio da Casa Civil da Presidência para o Congresso Nacional, seria um marco na inserção do País no sistema internacional de Propriedade Intelectual, já que a estratégia global do INPI é ainda mais ampla. As afirmações foram feitas durante o seminário A importância da Propriedade Intelectual no cenário internacional, realizado no dia 23 de julho, na sede da Firjan, no Rio de Janeiro. A inserção no sistema está ligada à promoção da competitividade brasileira no exterior. A adesão ao Protocolo de Madri seria um marco neste processo e posso dizer que o INPI já está capacitado para atuar com o protocolo, disse Ávila. Em sua palestra, o diretor regional da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) no Rio de Janeiro, José Graça Aranha, apresentou números que comprovam a importância do protocolo para a economia brasileira. O sistema é centralizado na OMPI e os pedidos de marcas são enviados pela entidade para os 84 países e blocos que integram o sistema, inclusive Estados Unidos, China e a União Européia, onde os pedidos são analisados. Em 2008, passaram pelo protocolo 370 mil pedidos internacionais e surgiram quase 41 mil registros, sendo que cada pedido gerou, em média, oito países designados. O custo médio para depositar nos oito países ficou perto de US$ 3,4 mil dólares, ou seja, menos de R$ 6,5 mil. Segundo exemplos citados no seminário, os depósitos apenas nos Estados Unidos e na Europa custam mais de US$ 5 mil (cerca de R$ 9,5 mil). Mas a inserção internacional do Brasil não termina só com a adesão ao protocolo. Jorge Ávila lembrou que, atualmente, o mundo assiste à ampliação da demanda por patentes, o que traz o desafio de evitar atrasos, mas sem perder qualidade nos exames. Diante disso, as ações de cooperação internacionais tornam-se fundamentais para manter a eficiência do sistema e estimular cada vez mais a participação dos usuários brasileiros. Neste sentido, além do Protocolo de Madri, o INPI está analisando a proposta para a adesão brasileira a outros tratados internacionais: Haia, que se refere aos desenhos industriais; Nice e Viena, para a classificação de marcas; Budapeste, para o depósito de patentes que envolvam material vivo; além da revisão do sistema internacional de patentes, o PCT, no qual o Instituto é autoridade internacional de busca e exame preliminar. E as ações de cooperação em propriedade intelectual vão além. Na América do Sul, está avançando a discussão para criar um portal eletrônico que reúna informações e serviços para a região. Com os países de língua portuguesa, cresce o debate sobre as marcas lusófonas. Também há parcerias de capacitação e intercâmbio com a União Européia, os Estados Unidos, o Japão e, recentemente, com os países africanos. (Fonte: INPI)

Av. Prof. Almeida Prado, 532
Prédio 53 – Butantã – 05508-901
Comunicação: comunicacao@anpei.org.br
Gabriela – +55 11 98886-6581
relacionamento@anpei.org.br
© 2024 ANPEI - Todos os direitos reservados.