Especialistas reunidos pelo Instituto Ethos para debater a Perspectiva da crise econômica no Brasil avaliaram que 2009 deve ser o pior ano e dizem que o mês de abril, quando ocorre a reunião do G-20, será importante para uma avaliação do rumo que os Estados Unidos devem adotar. Para as empresas brasileiras, a mensagem foi praticamente unânime: o caminho é manter os investimentos em inovação e avançar nos processos de sustentabilidade para uma economia neutra em emissão de carbono. O encontro, ocorrido no Espaço Promon, em São Paulo, contou com a participação de representantes de diversas empresas, entre elas Bradesco, Sadia, Honda, O Boticário e a ARP AMBIENTAL, representada pelo seu diretor geral Ronald Rodrigues da cidade de São Roque. O evento teve como debatedores o professor-titular da Faculdade de Economia da Universidade de São Paulo (USP), José Eli da Veiga, do professor da PUC do Rio de Janeiro, Sérgio Besserman, do diretor de Planejamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), João Carlos Ferraz, e do economista-global do Banco Itaú, John Welch. O debate contou com a mediação da jornalista Míriam Leitão, do jornal O Globo. Dois anúncios recentes mostram que o Brasil ainda ignora a necessidade de trabalhar para uma transição em direção a uma economia de baixo carbono. O governo acaba de anunciar um programa que prevê a construção de 67 termoelétricas e o Congresso realiza um elevado corte nos recursos para pesquisa. Lamentável, comentou José Eli da Veiga. Em reforço à manifestação do professor da USP, Besserman lembrou a diferença de visão entre o governo brasileiro e o do novo presidente norte-americano, Barack Obama. “Enquanto aqui se corta o orçamento para pesquisa, lá, um Nobel de Física acaba de ser nomeado secretário de Energia. Entre as propostas de Steven Chu está a reorientação da pesquisa com vistas à substituição do petróleo, redução das emissões de carbono e aceleração do desenvolvimento de tecnologias mais avançadas e limpas”, avaliou. A crise não necessariamente vai fazer com que as empresas reduzam os investimentos em inovação, em sustentabilidade. Para ele, a crise é um freio na economia e uma parada para arrumação que podem ajudar a equacionar a questão energética. “A perspectiva bélica estava muito presente na agenda”. Besserman afirmou ainda que as empresas brasileiras devem investir em eficiência energética e na descarbonização. Os Estados Unidos vão adotar um modelo que reduza as emissões de CO2 já no primeiro semestre. Há várias idéias. “Uma proposta que vem sendo muito debatida é a de que, em vez de regular a emissão de CO2, os governos regulem a produção de energia fóssil”, informou. Ficou claro que as empresas para enfrentar a crise, devem investir em inovação. (Fonte: http://www.jeonline.com.br/noticias/noticias_.asp?id=9203)

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