Promover o uso de programas de computador de código aberto de qualidade na academia e na indústria e formar recursos humanos para atender à demanda crescente da área em todo o mundo. Esse é o objetivo do Projeto QualiPSo (Quality Platform for Open Source Software, na sigla em inglês), iniciativa da União Européia que desembarcou no Brasil a toda velocidade. Duas unidades vinculadas ao projeto já foram definidas no Brasil. O Centro de Competência em Software Livre do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da Universidade de São Paulo (USP) recentemente passou a trabalhar de modo integrado à rede internacional de centros de competência do QualiPSo. E a instalação de outro centro semelhante no país foi anunciada na 8ª Reunião Plenária do Projeto QualiPSo, que ocorreu de 12 a 14 de janeiro, em São Carlos, no interior paulista, com representantes de universidades, empresas e institutos de pesquisa de diversos países. O projeto QualiPSo pretende formar uma rede de centros internacionais de competência para melhorar a qualidade dos softwares livres desenvolvidos de forma colaborativa em todo o mundo, de modo a aumentar a confiabilidade dos processos e produtos, disse o coordenador do Projeto QualiPSo no Brasil, José Carlos Maldonado, professor do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da USP, campus de São Carlos, à Agência FAPESP. Segundo ele, a perspectiva é que outro centro de competência seja instalado em Salvador por meio de uma parceria entre a Universidade Federal da Bahia e a Universidade Salvador. O Brasil é do tamanho da Europa e por isso temos a necessidade de também estabelecermos uma rede nacional com diversos centros de competência instalados em outras regiões do país, afirmou. Entre os objetivos da rede estão a definição e implementação de tecnologias, padrões e políticas para facilitar o desenvolvimento e o uso de componentes de software livre pela indústria com a mesma confiabilidade que os programas proprietários. Com esse projeto, a indústria europeia pretende incorporar os softwares livres com mais frequência em seus modelos de negócio, não como uma ferramenta exclusiva, mas como um elemento complementar aos softwares proprietários, disse o também presidente da Sociedade Brasileira de Computação (SBC). Visando a atender à demanda de empresas, universidades, instituições de pesquisa e órgãos públicos, os softwares com códigos abertos a serem desenvolvidos no Brasil terão, de modo geral, aplicações nas áreas de governo eletrônico e difusão científica e cultural. Além do IME/USP, em São Paulo, no início deste ano a rede QualiPSo de centros de competência inaugurou outras três unidades, que já estão funcionando, em Roma (Itália), Berlim (Alemanha) e Madri (Espanha). No Brasil, é alta a demanda para a produção de software, seja ele privado ou de código aberto, e nessa área, de modo geral, faltam recursos humanos com a qualidade esperada internacionalmente, disse Maldonado, um dos coordenadores da área de Ciência e Engenharia da Computação da FAPESP. Em São Carlos, o novo centro, que deverá trabalhar de forma complementar em relação ao centro de São Paulo coordenado pelo professor Fábio Kon, do Departamento de Ciência da Computação do IME/USP , será instalado no Parque Eco-Tecnológico Damha, um dos polos ligados ao Sistema Paulista de Parques Tecnológicos, da Secretaria Estadual de Desenvolvimento. Segundo Maldonado, as atividades em São Carlos, no entanto, deverão começar a funcionar em fevereiro, ainda que de modo provisório, em um escritório no centro da cidade do Instituto Inova, responsável pela gestão do Parque Eco-Tecnológico Damha. As obras das instalações definitivas do centro de São Carlos devem começar ainda neste semestre no parque, com previsão de término para o final de 2010, disse. A instalação dos centros do Projeto QualiPSo no Brasil, financiado pela União Europeia e por empresas estrangeiras envolvidas com desenvolvimento de softwares livres, conta ainda com recursos da USP e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Mais informações sobre o Projeto QualiPSo: www.qualiPSo.org (Fonte: http://www.finep.gov.br/temp/2l529232/F1602744.htm)

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