O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) ampliou as parcerias com o setor privado, segundo seu diretor de inovação, Fernando Landgraf. O indicador que relaciona o porcentual de receitas de projetos de P&D foi de 12,5% em 2010 e deve ficar em 13,5% em 2011, o que mostra que o engajamento do Instituto no esforço de aumentar a parceria com a indústria. A diretoria de inovação do IPT tem se concentrado nos temas aumento da receita com inovação por meio de projetos de P&D e de novos ensaios e análises; disseminação da cultura de inovação, promovendo o ambiente inovador no instituto; e aumento da produção de conhecimento por meio da publicação de artigos e patentes. A gestão desses processos é realizada por meio de indicadores de inovação. Esses dados são formados pela receita de projetos de P&D em relação à receita total do Instituto; número de patentes depositadas; novos ensaios no sistema de qualidade; e número de publicações. Esse conjunto representa um passo importante do IPT para adotar critérios de avaliação que se somem ao critério tradicional, que é a relação entre receitas e despesas, afirma Landgraf. Quando esses indicadores foram elaborados houve a preocupação em não criar muitos critérios, evitando perder o foco das equipes quanto às metas de inovação. O diretor de inovação explica ainda que o número de publicações também é importante porque é uma marca da reflexão dos pesquisadores sobre o seu trabalho. Os novos ensaios do sistema de qualidade, por sua vez, têm sido utilizados como medida da ampliação da oferta de serviços do IPT. Um trabalho que tem consumido boa parte do tempo da equipe da diretoria de inovação se relaciona ao projeto da planta de gaseificação de biomassa, que prevê o investimento de R$ 80 milhões na construção, em Piracicaba, de uma usina-piloto para viabilizar a produção de biocombustíveis a partir do bagaço de cana-de-açúcar. No momento, a diretoria de inovação do IPT está concluindo a documentação formal do projeto para encaminhá-lo ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que deverá aprovar recursos para sua viabilização. Landgraf explica que o projeto envolve a negociação de governança, propriedade intelectual e o escopo técnico propriamente dito. Há ainda um grande esforço na articulação entre vários parceiros, daí sua complexidade. As empresas hoje envolvidas no projeto são Oxiteno, Braskem, Raizen (joint venture de Cosan e Shell), Petrobras e VSE (Vale Soluções em Energia). Além da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ-USP), o projeto também contará com participação do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE) e Rede Nacional de Combustão. Em 2012, o IPT quer ainda aperfeiçoar critérios para associar conceitos de inovação a políticas públicas. Precisamos encontrar indicadores que possam medir a inovação nessas áreas, afirma Landgraf. O tema é importante para o IPT porque 50% da receita do Instituto provêm do apoio ao setor público. (Com informações do IPT)

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