O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) deve inaugurar o Laboratório de Estruturas Leves (LEL), em construção no Parque Tecnológico de São José dos Campos, no interior de São Paulo, em dezembro de 2013. O laboratório recebeu investimentos de R$ 48 milhões. Desse montante, R$ 27,5 milhões foram aportados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para aquisição de equipamentos e implantação do laboratório, R$ 8,3 milhões pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e R$ 2,5 milhões pela Prefeitura de São José dos Campos, com apoio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo. O restante do investimento, cerca de R$ 10 milhões, foi completado pelo IPT e pela Fapesp, que apoia um dos quatro grandes projetos de pesquisa estruturantes do laboratório. O laboratório está em fase final de construção. Alguns equipamentos já foram instalados e agora está sendo construída a sala limpa [uma área de 1,6 mil m2 com controle de temperatura, umidade e partículas], disse Luiz Eduardo Lopes, diretor do Centro de Integridade de Estruturas e Equipamentos (Cinteq) do IPT, ao qual o LEL pertence. O laboratório terá área total de 4,5 mil m2 e será dedicado ao desenvolvimento de estruturas leves feitas a partir de materiais metálicos (como aço, alumínio e titânio), compósitos (feitos de polímeros com o reforço de algum tipo de fibra, como de carbono, vidro ou celulose, por exemplo) e híbridos (formados a partir da combinação desses dois tipos de materiais). As três classes de materiais são as mais utilizadas atualmente para desenvolver estruturas leves. Quando se fala em estruturas leves logo se pensa em material compósito. Mas as estruturas leves podem ser feitas a partir de materiais diversos que tenham a resistência necessária e proporcionem a redução de peso desejada, explicou Lopes. Além do setor aeronáutico, os compósitos também são aplicáveis a diversos outros setores, como o espacial, o de petróleo e gás, o automotivo e o de energia eólica aos quais o laboratório do IPT pretende atender. Como os campos elétrico e magnético dos compósitos são transparentes, esses materiais podem ser muito úteis para aplicação em radomes (estruturas que envolvem radares). O material também é um forte candidato para substituir estruturas metálicas muito espessas utilizadas hoje na exploração de óleo e gás em águas ultraprofundas de modo a resistir à alta pressão e à corrosão que sofrem nesse tipo de ambiente. (Com informações da Agência Fapesp)

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