Uma mudança nas regras de financiamento do projeto-piloto da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) para o Instituto de Pesquisas Tecnológicas poderá atrair novos segmentos industriais: o IPT reduziu o índice da contrapartida financeira de 1/3 para 10% do valor total dos projetos a serem contratados por pequenas empresas. A ideia de tornar mais flexível o tratamento dado ao segmento surgiu durante uma das reuniões do comitê gestor da Embrapii, quando foi constatada a ausência de projetos de empresas classificadas como de pequeno porte. Fechamos alguns projetos com uma contrapartida financeira maior por parte das empresas, e pensamos em empregar este saldo em projetos com contrapartida financeira menor, explica Alex Fedozzi Vallone, assessor da diretoria de inovação do IPT. Como o índice de um terço é muito alto para pequenas empresas, pois elas não têm a mesma saúde financeira de empresas grandes, conseguimos diminuir o percentual e manter as regras do projeto-piloto. A empresa de pequeno porte, de acordo com a Lei Geral das MPEs (Lei Complementar Federal 123/2006), é a que tem receita bruta anual entre R$ 360 mil e R$ 3,6 milhões. Anteriormente, do valor total do projeto para qualquer empresa, um terço seria obrigatoriamente proveniente da Embrapii, com base em repasse de recursos pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCTI) para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), e mais um terço seria de responsabilidade das empresas, o que totaliza dois terços de recursos financeiros não-reembolsáveis. O IPT aportaria o terço restante como contrapartida provinda do Governo do Estado de São Paulo, o que envolve infraestrutura, equipamentos e suporte administrativo do Instituto. A partir de agora, em um projeto de R$ 500 mil, por exemplo, a pequena empresa irá desembolsar R$ 50 mil como contrapartida financeira, incluindo a possibilidade de parcelamento do valor ao longo da execução do projeto. Para alavancar os projetos com as pequenas empresas, o IPT está executando uma ação de divulgação da Embrapii para os clientes do Núcleo de Atendimento Tecnológico à Micro e Pequena Empresa do Instituto, o NT-MPE, e realizou recentemente um encontro no Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec) dentro do campus da USP, com empresas de base tecnológica interessadas em projetos para desenvolvimento tecnológico. O maior interesse dos 25 participantes nesta reunião foi por pesquisas envolvendo uso de partículas em materiais e biotecnologia, já que estudos em novos materiais são mais comumente executadas por empresas de grande porte, completa Vallone. Os projetos poderão ser contratados até o dia oito de dezembro de 2013 e executados até oito de dezembro de 2015 no entanto, é bom ressaltar que, ao contrário das grandes empresas, as pequenas empresas não poderão utilizar incentivos fiscais como a Lei do Bem para reduzir o valor da contrapartida, pelo fato de não fazerem a prestação de contas pelo lucro real. (Com informações do IPT)

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