Para um determinado produto chegar às mãos do consumidor é necessário que ele tenha passado por uma série de etapas, desde o planejamento inicial, o desenvolvimento e a execução final. Mas no mundo atual, tão repleto de novas tecnologias, nem sempre esse ciclo tradicional consegue satisfazer às inúmeras demandas do mercado. Foi buscando contribuir com esta área que um grupo de pesquisadores da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP está lançando o livro Gerenciamento ágil de projetos aplicação em produtos inovadores (Editora Saraiva, 240 pp, R$49,00). O livro é direcionado a projetos que envolvem inovações tecnológicas, mas pode ser útil também em outras áreas, como em produtos manufaturados. A obra é o resultado de uma série de pesquisas coordenadas pelo professor Daniel Capaldo Amaral, do Departamento de Engenharia de Produção da EESC, e realizadas pelos alunos de doutorado Edivandro Carlos Conforto, João Luis Guilherme Benassi e Camila de Araújo. O livro é bastante inovador por vários aspectos, conta o administrador Edivandro Conforto. Além de ser pioneira no Brasil, a obra busca unir o desenvolvimento de produtos e o gerenciamento de projetos, completa, lembrando que a EESC desenvolve pesquisa de ponta nesta área. Edivandro explica que a o gerenciamento de projetos (GP) é uma área voltada para o planejamento de ações não rotineiras e que existe desde 1950. Já o termo gerenciamento ágil de projetos (APM Agile Project Management, na sigla em inglês) passou a ser usado a partir de 2001, principalmente na área de desenvolvimento de softwares, devido aos problemas que surgiram no gerenciamento de projetos dessa natureza. Nesse contexto os profissionais enfrentam inúmeras dificuldades, pois é uma área cheia de incertezas e mudanças constantes, principalmente quando se trata de produtos inovadores, que ainda não existem e que estão sendo criados, além do fato de, muitas vezes, os clientes pedirem alterações no decorrer do desenvolvimento dos produtos, conta. Para ilustrar este problema, ele cita a construção de um prédio. É fácil imaginá-lo, pois já existem outros semelhantes e a grande maioria das pessoas sabe o que é um prédio. Isso facilita o planejamento do projeto de um novo prédio, muitas variáveis são conhecidas, e são raros os casos de mudanças significativas durante sua construção, explica. Mas no caso de produtos que envolvem novas tecnologias, isso é mais complexo. Edivandro cita a nova geração de celulares disponíveis no mercado. São aparelhos cheios de tecnologias e inovações, como as telas touch-screen. O planejamento do projeto desse tipo de produto é mais complexo, pois no início a tecnologia não está bem definida, ou o produto a ser criado é novo para o mercado ou até mesmo para o mundo, não existindo similares, dificultando o planejamento e controle desse tipo de projeto, diz. (Com informações da Agência USP)

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