O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) divulgou os dados sobre a atuação das instituições científicas e tecnológicas (ICTs) em 2014. Ao todo, 264 instituições preencheram o Formulário para Informações sobre a Política Intelectual das ICTs do Brasil (Formict), um aumento equivalente a 36,78% quando comparado ao ano base de 2012. Os números apontam a expansão do Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT). O preenchimento do Formict é obrigatório para ICTs públicas e opcional para as privadas que têm Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs), que foram institucionalizados pela Lei de Inovação (nº 10.973/04). “Com o formulário, nós monitoramos o desenvolvimento dos núcleos das ICTS”, explica o secretário de Desenvolvimento Tecnológico, Armando Milioni. No Brasil, existem, atualmente, 180 NITs em funcionamento e 54 em implementação.  “Em quatro anos, praticamente dobramos a quantidade de NITs no país”. A maioria dos NITs (73%) está alocada em ICTs públicas. Segundo Milioni, esse resultado já era esperado.  “As ICTs privadas tendem a se envolver com pesquisa e desenvolvimento de forma mais acanhada. O papel do MCTi é estimulá-las a ter seus próprios NITs”, explicou. Os NITs são responsáveis pela gestão de inovação das ICTs. O número de pedidos de proteção intelectual também aumentou em 2014. Foram 2.163 depósitos junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), frente a 1.901 pedidos feitos em 2013 e 1.769 em 2012. Ao todo, o montante dos contratos de tecnologia atingiu R$ 338,5 milhões, gerando rendimentos de R$ 247,5 milhões, um acréscimo superior de 30% quando comparado a 2013. “Agrada-me ver que esses números estão crescendo, sobretudo num cenário de crise econômica. Isso mostra que estamos no caminho certo”, disse Milioni. O estudo completo ainda não foi divulgado e deve ser publicado nos próximos meses. (MCTI)