02/05/2016
A ministra em exercício da Ciência, Tecnologia e Inovação, Emília Ribeiro, reuniu-se na última quinta-feira, 28/04, com os secretários da pasta, presidentes e dirigentes das agências e empresas públicas vinculadas ao MCTI para debater as ações do ministério para impulsionar o desenvolvimento científico e tecnológico do país. No encontro, cada representante apresentou um histórico da sua agência ou empresa ressaltando ações importantes realizadas nos últimos anos, além das perspectivas do setor.
“Eu pretendo fazer uma reunião envolvendo ainda todo o ministério, inclusive os nossos conselhos para debater mais as ações e integrá-las”, disse a ministra Emília Ribeiro. “É um encontro para levantar tudo o que estamos produzindo na ponta. Uma campanha para que a CT&I evolua, seja reforçada”, acrescentou.
Em sua apresentação, o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento (Seped/MCTI), Jailson de Andrade, destacou a elaboração da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (Encti 2016 – 2019), o Eixo de Desenvolvimento Tecnológico, Educação e Pesquisa do Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes aegypti e à Microcefalia e os estudos que avaliam a segurança e a eficácia da fosfoetanolamina sintética no tratamento do câncer.
Ele citou ainda iniciativas como o Centro Brasileiro-Argentino de Biotecnologia (CBAB), o Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA) e a Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais (Rede Clima). Jailson enfatizou o trabalho de articulação da Seped para ampliar a infraestrutura científica do país, a exemplo do centro de educação e pesquisa HidroEX, do Navio de Pesquisa Hidroceanográfico Vital de Oliveira e do Observatório de Torre Alta da Amazônia (Atto).
Já o secretário de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social (Secis/MCTI), Edward Madureira Brasil, aproveitou a oportunidade para convocar os dirigentes das unidades de pesquisa a se prepararem para a 13ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT 2016), que ocorre de 17 a 23 de outubro, com o tema “Ciência alimentando o Brasil”. Madureira ressaltou outras atividades de popularização, como as olimpíadas do conhecimento e unidades móveis de ciência, a capacitação promovida pelos Centros Vocacionais Tecnológicos (CVTs) e os programas de tecnologias assistiva e de segurança alimentar.
O secretário de Política de Informática, Manoel Fonseca, abordou iniciativas de planejamento estratégico e modernização da gestão, a Lei de Informática (8.248/1991), os programas de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (Padis), da Indústria de Equipamentos para a TV Digital (PATVD) e do Setor de Tecnologias da Informação (PADSTI) e ações do Programa Estratégico de Software e Serviços de Tecnologia da Informação (TI Maior), como a nova etapa do Start-Up Brasil, e do projeto Veredas Novas, executado pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP).
O secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, Eron Bezerra, tratou do Programa Nacional de Apoio às Incubadoras de Empresas e aos Parques Tecnológicos (PNI), do Sistema Brasileiro de Tecnologia (Sibratec), do Sistema Nacional de Laboratórios em Nanotecnologia (SisNano) e de pesquisas com biodiesel, minerais e energia. Como desafios da área, ele citou a disposição de realizar 10 seminários regionais para divulgar a Lei do Bem (11.196/2005), a busca por agilidade na emissão de Processo Produtivo Básico (PPB) e a necessidade de campos de prova para certificação de equipamentos eólicos e fotovoltaicos.
De acordo com o secretário-executivo substituto do MCTI, Luiz Fernando Fauth, o grupo de trabalho responsável pelo decreto de regulamentação do Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação (Lei nº 13.243/2016) prepara uma proposta de consulta pública, a ser aberta no portal Participa.br. Ele ressaltou o desenvolvimento do novo Diretório de Instituições e Infraestruturas de Pesquisa da Plataforma Lattes (DIIP), junto ao CNPq.
Internet das coisas
Para o presidente do Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec), Marcelo Lubaszewski, o Brasil deve estar atento aos investimentos na chamada internet das coisas. “A internet das coisas é a conexão entre as pessoas que vai se estender aos objetos que conversam com objetos e fornecem informações uns para os outros, no sentido de melhorar a forma como a gente funciona como sociedade”, explicou. “A internet das coisas tem um conjunto muito grande de tecnologia por trás dela, por exemplo, encher um carrinho com produtos no supermercado que pode ser lido de uma só vez, de forma que a gente, ao passar no caixa, não precise passar cada item individualmente. Isso é comunicação de objetos com objetos.”
O presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCTI), Wanderley de Souza ressaltou a necessidade de “nacionalizar” a atuação da financiadora. Segundo ele, a maior parte dos recursos da Finep concedidos às empresas concentra-se nas regiões Sul e Sudeste. Nesse sentido, ele revelou que a Finep pretende realizar workshops em diversos estados das regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste para detalhar a atuação da financiadora e apresentar as possibilidades de crédito.
Também participaram da reunião os presidentes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), Hernan Chaimovich, das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), João Carlos Tupinambá, o diretor de Política Espacial e Investimentos Estratégicos da Agência Espacial Brasileira (AEB/MCTI), Petrônio de Souza, o diretor geral da Alcântara Cyclone Space (ACS), pelo lado brasileiro, brigadeiro Reginaldo dos Santos, o subsecretário de Planejamento, Orçamento e Administração, Anderson Rocha e o assessor especial de Controle Interno, Antonio Carlos Messias.
(MCTI)