Na avaliação do secretário de Política de Informática do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Virgilio Almeida, o primeiro demo day (dia de demonstração, em tradução livre) internacional promovido pelo Start-Up Brasil, no estado norte-americano da Califórnia, insere-se entre os resultados “concretos e positivos” do Programa Estratégico de Software e Serviços de Tecnologia da Informação (TI Maior). Para Virgilio, o número de investidores presentes mostrou que os talentos brasileiros estão no “radar internacional” e indicou o sucesso da iniciativa realizada no coração do Vale do Silício. “O evento foi fundamental para o Brasil mostrar o seu caráter inovador e competitivo no setor de software e tecnologia da informação [TI]”, observou. “Esperamos, com isso, atrair investimentos para o setor no país, vindos desta dessa região aonde mais acontece a competitividade e o desenvolvimento tecnológico”. A iniciativa foi realizada no dia 9 de dezembro, em São Francisco (Estados Unidos), reunindo 11 startups brasileiras, que presentaram seus projetos inovadores a 40 investidores locais. O encontro foi promovido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), como o apoio do MCTI e da Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex) e sob a coordenação da Rocket Space, empresa californiana contratada para dar suporte ao evento. “O Start-Up Brasil visa fortalecer o empreendedorismo no mundo digital e ampliar a base de startups e aceleradoras no Brasil”, explica o secretário. “Quanto mais empresas pudermos criar na base, melhor, porque algumas vão evoluir, e a nossa expectativa é a de que, criando muitas empresas, o Brasil venha a ter empresas inovadoras globalmente neste setor de internet e tecnologia da informação”. Virgilio também destaca a atração, nos últimos dois anos, de seis Centros Globais de Pesquisa e Desenvolvimento como outra iniciativa de sucesso no âmbito do programa TI Maior. Seis empresas assinaram memorandos de entendimento com o MCTI para instalar os centros no país: Microsoft, Intel, EMC2, SAP e as chinesas Baidu e Huawei. Elas receberão bolsas que serão destinadas a estudantes brasileiros de pós-graduação e pesquisadores interessados em passar temporadas trabalhando em pesquisa avançada nessas unidades. Virgilio destaca que os centros globais dominam o processo de fazer a conexão entre a pesquisa avançada e a geração de produtos inovadores. De acordo com ele, embora o Brasil tenha um sistema de pós-graduação avançado e organizado e tenha produzido um grande número de alunos qualificados, é preciso fortalecer a ligação entre o conhecimento e a geração de produtos e riquezas. “Nós precisamos ampliar a ligação entre o que se faz nas universidades e aquilo que é utilizado pelas empresas para fazer novos produtos. Esses centros globais fazem isso no exterior e nós temos que trazê-los para fazer parte do ecossistema brasileiro de tecnologia da informação e comunicação”, ressalta o secretário. Outra ação de grande impacto, diz o secretário, é o projeto Brasil Mais TI, que busca despertar a vocação e capacitar jovens com potencial profissional do setor. Para isso, são oferecidos 30 cursos gratuitos à distância, de acordo com as demandas de mercado, com mais de 1,5 mil horas de capacitação. Segundo o último balanço da Secretaria de Política de Informática (Sepin/MCTI), mais 140 mil pessoas foram treinadas pelo projeto. (MCTI)

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