O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) lançou o Estudo de Projetos de Alta Complexidade – Indicadores de Parques Tecnológicos, documento que avaliou dados de 80 iniciativas em diversos estágios, a partir de consulta a gestores das unidades em diversas localidades do País. O estudo foi realizado pelo Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (CDT) da Universidade de Brasília (UnB) e pode ser visto na íntegra aqui – http://www.mct.gov.br/upd_blob/0228/228606.pdf.
“Os resultados do estudo são importantes para o direcionamento das estratégias do Programa Nacional de Apoio às Incubadoras de Empresas e aos Parques Tecnológicos [PNI] em futuras ações”, ressaltou o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Setec) do MCTI, Alvaro Prata.
A pesquisa avaliou os parques pelos critérios de distribuição geográfica, estágio atual de desenvolvimento, quantidade de empresas instaladas, número de empregos gerados, fontes de recursos e áreas de atuação.
Segundo o estudo, 39,7% das 939 empresas instaladas nos parques que responderam ao questionário estão situadas na região Sul (373), enquanto 32,3% ficam na região Nordeste (303) e 24,5% no Sudeste (230). Juntas, as regiões Centro-Oeste e Norte abrigam 33 empresas (3,5% do total).
Até junho de 2013, essas iniciativas geraram 32.237 empregos, distribuídos entre institutos de pesquisa (1.797), gestão das próprias estruturas (531) e iniciativa privada (29.909).
Do total de empregos nas empresas, aproximadamente 13,5% envolvem mestres (2.950) e doutores (1.098). Para o secretário Prata, o indicativo contrasta com o universo empresarial brasileiro, cujo quadro de colaboradores tem participação menos expressiva de profissionais desse nível educacional.
O esforço conjunto das três esferas do governo e da iniciativa privada se faz presente nas três fases de desenvolvimento, embora a contribuição de cada fonte varie de acordo com o momento.
O governo federal investiu 54% do total durante a etapa de projeto. No período de implantação, as esferas estadual e municipal se responsabilizaram por 92% dos recursos. Quando os parques entraram em operação, a iniciativa privada tomou frente, com 55% dos recursos.
Se somados os valores gastos nas três fases, o aporte federal de R$ 1,2 bilhão levou estados e municípios a fornecerem R$ 2,4 bilhões e empresas a aplicarem R$ 2,1 bilhões. Quanto às áreas de atuação, o maior número de citações recaiu sobre tecnologias da informação e da comunicação (TICs), energia, biotecnologia, saúde, petróleo e gás natural e telecomunicações.
Segundo o relatório, a diversidade se associa a características específicas de cada região, como indústria aeronáutica e espacial, agronegócio e meio ambiente.
(Com informações da Agência Gestão C,T&I)