O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo, mas esse bom desempenho sugere uma estagnação da atividade econômica, segundo o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante. Como os preços das commodities estão muito altos e deverão continuar muito confortáveis por um longo período, nosso maior risco é o Brasil se acomodar como um grande exportador destas commodities, alertou Mercadante na quinta-feira (26/05), ao participar do Seminário Brasil do Diálogo, da Produção e do Trabalho, organizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pelas centrais sindicais. No início de seu discurso, o ministro destacou a importância de desenvolver o conhecimento tecnológico da indústria brasileira. Economia do futuro é uma economia do conhecimento. Não podemos nos acomodar, enfatizou. Mercadante sugeriu um modelo de pesquisa, como a Empresa de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que atenda outros setores da indústria. O ministro mencionou o Senai como objetivo de uma possível parceria por ter alguns centros de referência importantes para essa política. O Estado brasileiro conseguiu criar a Embrapa da agricultura. Por que não podemos criar também uma Embrapa da indústria? Precisamos organizar a demanda. A indústria precisa ter um lugar onde ela bata na porta e diga: meu problema é esse aqui, defendeu ele. O ministro afirmou que os empresários do país não podem manter uma atitude passiva diante dos novos desafios tecnológicos para a indústria. O que falta ao empresário brasileiro é investir em inovação, disse o ministro após participar do Seminário. Mercadante ainda comentou sobre possíveis investimentos espanhóis na indústria de tecnologia do Brasil. Existe uma empresa espanhola com interesse no Brasil, disse Mercadante, acrescentando que a indústria de tecnologia de informação precisa formar pelo menos 70 mil profissionais, com domínio do inglês, para atender à demanda do setor. (Com informações do MCT)

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