Ao ingressar no curso de engenharia da computação na Pontifícia Universidade Católica do Paraná, o então estudante de graduação Marcus Vinícius Mazega Figueredo e mais três colegas de sua turma tinham um objetivo claro. Eles não queriam trabalhar para as grandes empresas fabricantes de hardwares e softwares; o desejo era criar o próprio negócio. O único detalhe é que, a exemplo da maioria dos empreendedores no País, não tinham nenhuma idéia na cabeça e nenhum dinheiro no bolso. Após cursarem algumas disciplinas do curso, os estudantes pensaram em desenvolver um monitor de sinais vitais de pacientes em hospitais, mas o projeto foi abortado por um dos orientadores por falta de viabilidade técnica e comercial. Cientes do potencial da empreitada, os estudantes optaram por desenvolver uma versão menor de protótipo, que batizaram de Network telemedice sytem for patient monitoring (NTS). Nascia assim a empresa Hi Tecnologies, que iniciou suas atividades em 2004 na Incubadora Tecnológica de Curitiba (Intec), gerida pelo Instituto Tecnológico do Paraná (Tecpar). A primeira versão do produto desenvolvido pela empresa foi lançada comercialmente com o nome Rede Open Vida, já quebrando um paradigma tecnológico. Até então as tecnologias existentes possibilitavam monitorar os sinais vitais de apenas um paciente por aparelho. O sistema desenvolvido pelos estudantes, que rendeu uma patente e a publicação de um artigo em uma revista especializada, de início já possibilitava monitorar 16 pacientes. Hoje, pode monitorar mais de mil. Em 2006 vendemos o produto para o nosso primeiro cliente, e desde então houve um aumento da procura pelos médicos em função de poderem monitorar seus pacientes remotamente através do sistema, explica o jovem engenheiro. Em 2008 nos tornamos fabricante de equipamentos médicos e este ano, em que prevemos faturar R$ 3 milhões, vamos lançar nosso primeiro produto nessa linha, contou Figueredo, que, em razão de seu bom humor, arrancou risos da platéia em diversos momentos de sua apresentação no workshop para MPEs, promovido na manhã do primeiro dia da X Conferência Anpei. Outras empresas selecionadas pelo Sebrae que participaram da segunda edição do workshop foram a Saneabas, Samalou e a MTA. Em conjunto, elas demonstraram os benefícios da inovação para as micro e pequenas empresas.

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