Quatro em cada cinco indústrias paulistas pretendem investir neste ano, segundo pesquisa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Os investimentos serão concentrados na modernização das instalações. Apenas 11% deverão ser destinados à ampliação de fábricas ou aquisição de unidades fabris. A entidade consultou 365 empresas entre dezembro de 2009 e janeiro deste ano. Desse total, 81% responderam que pretendem investir em 2010. O valor a ser investido representa, em média, 9% do faturamento do ano passado. Quase um terço dos recursos serão aplicados na aquisição de novos maquinários e 25%, em sistemas de produção. Outros 15% serão destinados ao treinamento de mão de obra, enquanto 12% vão para tecnologia da informação e 7%, para pesquisa e desenvolvimento. Um exemplo do perfil dos novos investimentos da indústria é o Grupo Orsa, que investirá US$ 5 milhões para ampliar em 20% a capacidade de produção de sua fábrica de embalagens de papelão ondulado em Suzano, na região metropolitana de São Paulo, sem criar nenhum emprego. A fábrica, que tem hoje em torno de 700 funcionários e capacidade para produzir 12 mil toneladas de embalagens por mês, será automatizada. “A decisão foi investir em tecnologia para melhorar a produtividade”, diz o presidente do grupo, Sérgio Amoroso. Segundo ele, o setor atingiu o pico de 95% de utilização da capacidade instalada em outubro e caminha em ritmo acelerado para chegar a 90% como média mensal. “Se não houver investimentos, as empresas não vão conseguir atender a toda a demanda.” A busca por maior produtividade não é restrita às grandes companhias. A Kenia, empresa paulistana de pequeno porte que fabrica tecidos, pretende investir R$ 600 mil na modernização de maquinário e treinamento de mão de obra para melhorar a produtividade. “Está havendo expansão de mercado, não do lucro”, diz o sócio e diretor comercial da empresa, Rogério Kadayan. “Temos que ganhar produtividade porque o dólar barato baliza por baixo a nossa margem, que já é bastante espremida.” A movimentação em busca de ganhos de produtividade animou os fabricantes de máquinas e equipamentos, um dos setores mais atingidos pela crise financeira mundial. “Desde outubro de 2009, o mercado começou a reagir”, diz Andreas Meister, presidente da Ergomat, fabricante de máquinas-ferramenta (conhecidas como máquinas de fazer máquina). “Tudo indica que vamos ter um faturamento este ano superior ao de 2009, porém inferior ao de 2008.” A virada no mercado levou a empresa a desengavetar investimentos que haviam sido suspensos no ano passado. (Fonte: O Estado de S. Paulo)

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