Todos os anos, invariavelmente, a elaboração e aprovação do orçamento da catarinense Embraco, maior fabricante de compressores do mundo, controlada pelo grupo americano Whirlpool, é precedida de uma exaustiva discussão entre seus principais executivos. Das verbas para investimentos em equipamentos a despesas com viagens e planos de incentivos, passando por provisões para aumentos salariais, entre outros itens, tudo é avaliado minuciosamente e pode mudar de um exercício para outro. Com uma exceção: a fatia a ser aplicada em pesquisa e desenvolvimento não se altera. “Faça chuva ou faça sol, investimos 4% de faturamento em inovação”, afirma João Carlos Brega, presidente da Embraco. Recém-chegado à companhia, onde está desde abril do ano passado, Brega comanda do QG de Joinville as operações da Embraco que se estendem pela Itália, Estados Unidos, Eslováquia e China. Há 15 anos no grupo, ele comandava os negócios da Whirlpool no Canadá e no México antes de desembarcar em Santa Catarina. A ênfase na inovação, acoplada ao tema da eficiência energética, é o eixo da estratégia de crescimento da Embraco no mercado de compressores, componente de refrigeração utilizado em geladeiras e freezers. Sua área de tecnologia, por exemplo, emprega 550 engenheiros, 300 deles no Brasil. O carro-chefe da empresa nesse departamento é um modelo de compressor que reduz em 40% os gastos com energia, e que já representa 15% dos 32 milhões de compressores produzidos anualmente pela Embraco. “Na Europa, Estados Unidos e China a demanda por esses produtos é crescente”, afirma Brega. “Temos mais de 95% desse mercado.” Ao mesmo tempo em que aposta no produto de alta eficiência energética, Brega preconiza uma diversificação da Embraco. Já está em fase de homologação pelas montadoras locais o aerotruck, um aparelho de refrigeração para cabines de caminhão. Outra vertente, já definida, é a produção de microcompressores para reduzir o aquecimento das CPUs de computadores. No plano das possibilidades, aparece ainda uma linha de compressores a serem empregados em carros elétricos. No curto e médio prazos, Brega prevê um caminho promissor para a Embraco, sobretudo no mercado brasileiro. Segundo ele, a empresa “bombou” no ano passado, com um crescimento de 20% sobre 2008. Para este ano, a ideia é aumentar as vendas em 5%. “Além disso, o mercado americano parou de cair”, diz. Nada mau para uma empresa que exporta 60% de tudo o que produz. (Fonte: O Estado de S. Paulo)

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