O bioquímico Hernan Chaimovich assumiu nesta terça-feira (24) a presidência do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), ocupando o lugar do biofísico Glaucius Oliva, que presidia a instituição desde 2011. Em discurso, pontuou os objetivos que pretende cumprir à frente da instituição. “São basicamente dois princípios. Primeiro, o Conselho deve financiar exclusivamente aquilo que o CNPq e só o CNPq pode financiar no País, para um desenvolvimento científico, econômico, sustentável e socialmente justo”, afirmou Chaimovich, em alusão aos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) usados para abastecer o Ciência Sem Fronteiras (CsF), situação criticada pela comunidade científica. “Se cada órgão focar naquilo que ele pode fazer, ou naquilo que faz de melhor, a execução de projetos nacionais e utilização de recursos públicos pode ser otimizada”. O segundo princípio, na avaliação do novo presidente, é que o Conselho precisa participar da formulação de grandes estratégias públicas, para garantir que a pesquisa científica, tanto a básica como a tecnológica, cumpram seu papel de auxiliar nas políticas nacionais. “Porque, sem isso, vamos continuar com a balança econômica da forma como está, apesar de todo esforço que fazemos para incorporar ciência e tecnologia nas demais áreas”, avaliou. Avaliações Em seu discurso de despedida, Glaucius Oliva lembrou que Chaimovich assumirá o cargo em meio ao anúncio de um corte de R$ 1,6 bilhão na verba do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Ele também ressaltou que quando assumiu em 2011, a pasta tinha sofrido um contingenciamento de R$ 1,7 bilhão no início de governo. “Desde a ótica financeira à orçamentária, os últimos anos não foram fáceis. Mesmo assim, conseguimos no período praticamente dobrar o orçamento executado, atingindo R$ 3,32 bilhões em 2014. Então, há luz no fim do túnel”, comentou Oliva. Presente à posse, o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, elogiou as carreiras de Oliva e Chaimovich na política científica nacional e a necessidade de continuar o legado de superação de dificuldades no CNPq. “Acho que a instituição, fundada por Álvaro da Mora, tem hoje um grande sucessor e um grande homem público que assume essa responsabilidade, para cumprir esse desafio de buscar o crescimento e emancipação científica”, concluiu. (Agência Gestão CT&I)

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