A indústria brasileira e o governo federal anunciaram duas parcerias para estimular a inovação nas empresas. No total, serão investidos cerca de R$ 100 milhões na formação de núcleos estaduais e setoriais de apoio à pesquisa e desenvolvimento tecnológico. Esses núcleos incentivarão as empresas a investir em novos produtos e processos e orientarão empresários e dirigentes empresariais a preparar e implantar projetos de inovação. As parcerias foram detalhadas pelo presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, pelo secretário-executivo do Ministério de Ciências e Tecnologia (MCT), Luiz Antonio Elias, e o diretor-técnico do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Carlos Alberto dos Santos, em entrevista coletiva realizada no escritório da CNI, em São Paulo. Em uma das parcerias, o Ministério da Ciência e Tecnologia, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) lançarão um edital, com recursos da ordem de R$ 50 milhões para estruturar 20 núcleos de apoio à gestão da inovação. A fonte dos recursos é o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). Os núcleos serão preferencialmente articulados com as federações de indústrias dos estados e do Distrito Federal e com associações setoriais da indústria. A criação de uma rede de núcleos de inovação é uma das ações da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), projeto da CNI que articula líderes empresarias e parceiros como o Sebrae com o objetivo de fazer da inovação um tema permanente dentro das empresas brasileiras. Eles atuam na mobilização, capacitação e apoio às empresas nas atividades de gestão da inovação. Segundo Robson Andrade, nos núcleos as empresas deverão ser capacitadas em gestão da inovação, no diagnóstico da situação de inovação da empresa e assessoria empresarial para elaboração de planos e projetos de gestão da inovação. De acordo com o secretário-executivo do Ministério de Ciência e Tecnologia, Luiz Elias, a perspectiva do governo é que os recursos para estruturação dos núcleos permitam atender a 1.600 empresas. A outra parceria entre a CNI e o Sebrae prevê investimentos de R$ 48,6 milhões, em 36 meses, para os núcleos de inovação. Com esses recursos, será possível criar um portfólio de produtos para ser oferecidos dentro dos núcleos em especial para as micros e pequenas empresas. Esse portfólio contempla seis eixos: eventos de sensibilização e motivação de empresas; cursos de capacitação em gestão da inovação para as empresas industriais; plano de inovação na empresa; suporte à implantação do plano de inovação na empresa; assessoria à elaboração de projetos para submissão aos órgãos de fomento e monitoramento; e avaliação e difusão de resultados. A meta dessa parceria é sensibilizar 18 mil empresas, capacitar nove mil empresários e executivos, elaborar 3.600 planos e implementar três mil planos e elaborar 2.400 projetos de inovação. As parcerias foram anunciadas depois da reunião da MEI, ocorrida no escritório da CNI de São Paulo. A reunião contou ainda com a presença do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e de empresários como o presidente da WEG, Harry Schmelzer Jr. o presidente do Grupo Ultra, Pedro Wongtschowski, além de dirigentes das indústrias Kablin, Natura, Fiat, Embraer, IBM, entre outros. Eles discutiram diversas ações articuladas entre o setor empresarial e o governo de incentivo à inovação. (Fonte: CNI)

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