A chamada pública do programa Subvenção Econômica de 2009, encerrada no último dia 3 de abril, recebeu 2.558 projetos. “Foi uma surpresa positiva”, assinalou o diretor de Inovação da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Eduardo Costa. Para ele, o alto número de projetos inscritos, apesar do grau de complexidade do processo, evidencia a grande quantidade de empresas que não eram detectadas pela Finep anteriormente. O diretor executivo da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei), Olívio Ávila, avalia que é crescente o interesse das companhias por inovação. “Ter subvenção é bom, porém, o maior incentivo para as empresas inovarem é o mercado”, afirma. Para ele, se o mercado é exigente e competitivo elas são obrigadas a inovar. Entre os inscritos a área de Tecnologias da Informação e Comunicação foi a que recebeu mais propostas: 1.079, representando 42% do total. Em seguida, estão as temáticas de Saúde, com 393 (15%), e de Desenvolvimento Social, com 370 (14%). Em Biotecnologia foram 257 inscritos (10%). A área de Defesa Nacional e Segurança Pública recebeu 249 propostas (9,7%) e a de Energia, 210 (8,2%). O programa é um dos mais importantes da Finep. Neste ano, concederá R$ 450 milhões em recursos não-reembolsáveis, que são divididos entre as seis áreas estratégicas. Cada uma dispõe de R$ 80 milhões para apoiar projetos inovadores, com exceção da área de Desenvolvimento Social, que conta com R$ 50 milhões. A demanda total das propostas recebidas chega a R$ 5,2 bilhões, bem abaixo de anos anteriores, quando chegou a ultrapassar os R$ 10 bilhões. “Este ano, cada projeto foi limitado a R$ 10 milhões, o que tornou o processo mais equilibrado”, explica Costa. Em 2008, o edital de subvenção recebeu 2.665 propostas, dessas 209 foram aprovadas. Em 2007, o número de inscritos chegou a 2.567, sendo 174 aprovados. Em 2006, o programa somou 1.100 projetos o total de aprovados foi de 145. Cada proposta será avaliada segundo cinco critérios: grau de inovação; efetividade do projeto na solução dos problemas; impacto no mercado; viabilidade técnica e financeira; e capacitação técnica da equipe executora. A divulgação do resultado preliminar deverá ser liberada a partir de primeiro de junho. (Com informações da Finep)