O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou na segunda-feira (27/04) um investimento recorde em ciência. Em discurso feito na Academia Nacional de Ciências, em Washington, ele disse que vai destinar 3% do Produto Interno Bruto dos EUA (aproximadamente US$ 414 bilhões, tomando como referência o PIB americano de 2007, US$ 13,8 trilhões) para despesas nas áreas de ciência e tecnologia. O número é 0,4% superior aos valores atualmente investidos nessa área. Nunca a ciência foi tão essencial para a nossa prosperidade, nossa segurança e nossa qualidade de vida declarou Obama, ressaltando que este é o maior valor destinado a pesquisas científicas na história dos EUA. Durante a cerimônia, Obama anunciou a nomeação do mexicano Mario Molina, prêmio Nobel de Química em 1995, para o Conselho de Assessores da Presidência sobre Ciência e Tecnologia (Pcast, na sigla em inglês). Considerado um dos pioneiros da pesquisa climática, Molina, de 66 anos, é professor da Universidade da Califórnia, em San Diego. Molina recebeu o prêmio Nobel de Química pela descoberta do efeito dos gases clorofluorcarbonetos (CFCs) na camada de ozônio. No evento, Obama insistiu na necessidade de aumentar os fundos para as pesquisas científicas e mencionou a importância de encorajar uma maior participação das mulheres e das minorias nas ciências, porque, embora atualmente tenham menor representação, não são menos capazes. Acabaram-se os dias nos quais a ideologia se sobressaía sobre a ciência falou Obama, repetindo o discurso que fez após a posse, arrancando aplausos do público. Foram-se os tempos em que a integridade científica era minada e os resultados das pesquisas manipulados para atender a interesses políticos. Obama afirmou que espera que os EUA voltem à liderança no campo científico e tecnológico e anunciou que serão duplicados os orçamentos para órgãos como a Fundação Nacional de Ciência. Existem pessoas que dizem que não podemos nos dar ao luxo de investir em ciência num momento de crise. Eu discordo completamente dessa tese afirmou. O presidente americano assegurou que o novo orçamento vai englobar também investimentos em fontes de energia renováveis. A geração de energia limpa é um dos nossos maiores objetivos. Queremos duplicar a capacidade de os EUA produzirem energia renovável nos próximos cinco anos. Obama disse também que planeja tornar permanentes as taxas de crédito, atualmente em caráter experimental, destinadas a atrair novos investimentos da indústria no setor. Enquanto isso no Brasil… O orçamento do Ministério de Ciência e Tecnologia previsto para 2009 é de R$ 3,875 bilhões, o que representa aproximadamente 0,1% do PIB nacional. O orçamento era inicialmente de R$ 4,152 bilhões, mas teve um corte de 6,67%. Atrás do tempo perdido no combate ao aquecimento Estamos de volta ao jogo. Com essa frase, dirigida a representantes das 16 maiores economias do mundo (incluindo o Brasil), durante um fórum sobre mudanças climáticas, em Washington, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, confirmou a intenção do governo Obama de participar ativamente das negociações em torno do sucessor do Protocolo de Kyoto, que regula as emissões de gases causadores do efeito estufa. O acordo, não ratificado pelos EUA, expira em 2012. Os Estados Unidos estão dispostos a recuperar o tempo perdido e determinados a assumir a liderança nessa área disse Hillary. O encontro em Washington é o primeiro de uma série de três, que vai reunir delegados de nações que, juntas, respondem por 75% das emissões de gases causadores do aquecimento global. Falando diretamente aos representantes dos países em desenvolvimento, como Brasil, China, Indonésia e Índia, Hillary disse que os EUA pretendem ajudar estas nações a investirem em novas fontes de energia renováveis. Queremos que essas economias prosperem afirmou a secretária de Estado. (Fonte: O Globo)

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