O relatório bienal Science, Technology and Industry Outlook 2012, da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mostra que o investimento mundial em pesquisa e desenvolvimento (P&D) deve crescer 5,3% em 2012, em comparação com o ano passado, totalizando US$ 1,403 trilhão, resultado inferior aos 6,5% registrados entre 2010 e 2011, quando os aportes somaram US$ 1,252 trilhão e US$ 1,333 trilhão, respectivamente. A expectativa é de que os países desenvolvidos mantenham apenas um crescimento estável nesses investimentos, enquanto os emergentes seguirão apresentando fortes expansões. O estudo mostra que os recursos públicos têm compensado parcialmente os cortes proporcionados pelo capital privado em momentos mais delicados da economia. Em 2009, logo após a eclosão da crise, houve uma queda de 1,9% nos recursos investidos por empresas em P&D em todo o mundo. Já em 2010, os aportes aumentaram e ocorreu uma significativa elevação de 4%, em relação ao ano anterior. À medida que os governos começaram a limitar mais seus orçamentos em meio ao agravamento do cenário, principalmente em 2010 e 2011, houve uma estagnação ou redução nos gastos públicos com P&D. Embora a crise tenha acarretado estagnação ou diminuição nas atividades de inovação nos países da OCDE, ela não teve o mesmo efeito em alguns países emergentes. A China ainda registrou altos índices de crescimento do PIB [Produto Interno Bruto], bem como um aumento constante das atividades de inovação, dado que a P&D empresarial cresceu 26% em 2009, informa o documento. Com isso, a China elevou sua participação no volume de P&D global de 7%, em 2004, para 13%, em 2009, tendência essa que foi acelerada após a crise. Ao mesmo tempo, países em desenvolvimento como a Índia e o Brasil têm dedicado uma importância cada vez maior à inovação nas suas agendas políticas, ressalta a OCDE. Segundo o relatório, mantidas as atuais condições da economia, a maioria dos membros da OCDE registrará gastos privados em elevação bastante vagarosa. A estimativa é válida principalmente para os países mais afetados pela crise, como aqueles das regiões sul e leste da Europa. Já os países que detinham condições estruturais mais sólidas antes da crise, como a Alemanha e nações do norte europeu, as atividades ligadas à inovação poderão registrar uma tendência mais positiva. O documento não arrisca fazer previsões para países como França, Japão, Reino Unido e Estados Unidos, dada a incerteza das perspectivas para o crescimento econômico e a inovação. Segundo a OCDE, as atividades inovadoras de empresas de alta tecnologia, principalmente das grandes multinacionais, apesar de terem apresentado uma reação a partir de 2010, ainda não retornaram aos níveis anteriores aos da crise. O relatório pode ser lido na íntegra aqui (link para http://www.oecd-ilibrary.org/science-and-technology/oecd-science-technology-and-industry-outlook-2012_sti_outlook-2012-en). (Com informações do Inovação Unicamp)

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