A inovação não pode ser apenas pensada no aspecto tecnológico, mas também incorporar questões econômicas, sociais, ambientais e culturais. Esse foi um dos pontos de convergência nos pronunciamentos que abriram na noite do dia 29 de junho o Seminário “Políticas públicas para incentivar a inovação no setor privado: uma agenda prioritária”, que visa a debater sobre inovação empresarial. O evento, promovido em parceria pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e Secretaria Geral Ibero-americana (Sgib), na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro, foi aberto pelo secretário-executivo do MCT, Luiz Antonio Elias. Segundo ele, a inovação é tema central para o incremento econômico da América Latina e ferramenta indispensável para que seus países se mantenham competitivos num mercado cada vez mais global e disputado. Na palestra de abertura Inovação, desenvolvimento sustentável e o papel estratégico das políticas públicas o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, destacou também os componentes culturais de cada país latino-americano para o processo de inovação. Em sua opinião, esse fator é importante na busca de um processo inovativo local sem uma forte preocupação de comparação e importação de modelos, como se faz de forma equivocada, muitas vezes, disse. Na manhã do dia 30 de junho, os trabalhos foram abertos com a apresentação da visão do setor empresarial. O painel A visão do setor produtivo sobre a inovação e as políticas públicas teve a participação de Emílio Matsuro, vice-presidente Executivo de Tecnologia da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), Marcelo Arguelles, presidente da empresa Bio-Sidus, da Argentina, e Gilberto Marin, presidente do Conselho do Grupo PI Made, do México. Eles disseram que a instalação da inovação na agenda de preocupação do setor empresarial latino-americano deve passar, entre outros canais, pela desburocratização por parte dos governos dos canais de acesso ao crédito e ao fomento das médias e pequenas empresas. Citaram também a necessidade de se agilizar o acesso aos mecanismos econômicos e que permitam destravar a aproximação entre os setores acadêmico e empresarial. Também foi convergente a proposta de se buscar uma marca para os produtos latino-americanos, assim como a de se empenhar no reconhecimento de uma entidade certificadora de patentes no continente. Para os empresários, essas medidas facilitariam a participação das pequenas e médias empresas no processo de inovação e ao incentivo para se aumentar o investimento em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Ainda no tocante a investimentos, os empresários pontuaram a necessidade de mais políticas públicas e de mecanismos governamentais que permitam um aumento do setor privado da parcela do Produto Interno Bruto (PIB) de cada país no processo de inovação. O Seminário, que terminou no dia 30 de junho, se insere no quadro de eventos promovidos pela Segib tendo em vista à 19ª Cúpula Ibero-Americana de Chefes de Estado e de Governo, que será realizada em Portugal em novembro deste ano, cujo tema é Inovação e Conhecimento. (Fonte: MCT)

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