A escassez de mão de obra altamente especializada, a falta de marcos legais para regulamentar alguns setores da economia e as dificuldades para garantir a propriedade intelectual de inovações desenvolvidas no país no curto prazo são alguns dos principais desafios ao avanço acelerado da inovação no Brasil, na avaliação de empresários que participaram, no dia 8 de janeiro, do seminário “Inovação e Desenvolvimento Econômico”, realizado pelo jornal Valor Econômico, em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Entre os executivos é consenso que o país apresentou avanços em inovação nas empresas e institutos de pesquisa e houve melhora nos desembolsos governamentais. “Houve muitos avanços no país recentemente, mas ainda falta mão de obra qualificada, cursos mais especializados, marcos legais e uma série de fatores que ainda não foram resolvidos”, disse Luiz Serafim, gerente de marketing corporativo e linha aberta da 3M. A 3M é considerada uma das companhias mais inovadoras em atuação no país. Atualmente a companhia investe 5,3% de seu faturamento em pesquisa e desenvolvimento e deposita, por ano, mais de dois mil registros de patentes. Serafim considera que, como as empresas privadas, o governo também deve estabelecer políticas fixas de inovação e métricas para avaliar o seu desempenho na área. Antonio Maciel Neto, presidente da Suzano, disse que a tendência para os próximos anos na economia é de aumento da oferta superior ao crescimento da demanda e redução das margens de lucro das companhias. E, para sobreviver nesse cenário, as companhias terão de investir cada vez mais em inovação e no capital humano para manter a competitividade em relação a grupos internacionais. “Na área governamental vejo como caminho a adoção de políticas que mesclem subvenção e financiamento para auxiliar as empresas a acelerar esse processo”, disse. Mark Lyra, diretor-presidente da Cosan Biomassa afirmou que, além dos esforços de governos e setor privado para incrementar investimentos em inovação, é importante também que as corporações reavaliem os seus projetos de inovação. Ele observou que a população mundial crescerá 40% até 2020, passando a contar com 9 bilhões de habitantes. E o maior crescimento se dará em economias emergentes, como o Brasil. “Essa população nova vai consumir mais e demandar mais energia que outras regiões”, disse. Lyra considera fundamental a inclusão de projetos de sustentabilidade e de produção de energia renovável nos países emergentes para dar sustentação ao crescimento populacional no futuro. “É uma área em que o Brasil possui um papel de destaque e as empresas podem aproveitar esse potencial para ganhar projeção internacional. (Com informações do Valor Econômico)

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