Uma maior integração entre as empresas de inovação na área de biotecnologia, que abrange sobretudo as indústrias farmacêuticas, biocombustíveis e de defensivos, e grandes corporações pode ser uma das saídas para o avanço dessas pequenas companhias focadas em pesquisa no Brasil. O estudo “A indústria de biociências nacional: caminhos para o crescimento”, co-desenvolvido pela Biominas Brasil e PricewaterhouseCoopers (PwC), aponta as principais perspectivas para esse segmento. O estudo foi realizado com base em questionários respondidos por 103 empresários desse setor. Para 62,9% dos entrevistados, o desenvolvimento e a comercialização de produtos e serviços inovadores constitui principal parâmetro de sucesso de um empreendimento. O perfil de faturamento desse setor mantém-se relativamente estável, composto em sua maioria por empresas que faturam até R$ 1 milhão por ano. Os principais desafios para alavancar o crescimento desse segmento devem passar por uma gestão profissional e de planejamento estratégico, e um processo regulatório mais ágil e ambiente de financiamento mais inclusivo. “A capacidade de poder de desenvolvimento e inovação dessas empresas é muito forte”, afirma Isabela Drummond, gerente de consultoria da Biominas, uma das responsáveis pelo estudo. Rodrigo Viñau, gerente sênior da PwC, observa que as empresas de inovação instaladas no país não aproveitaram o ótimo momento da economia brasileira e as medidas governamentais para alavancar o crescimento da indústria. Em um cenário adverso, com alta carga tributária, falta de ambiente regulatório e restrição de crédito, as empresas precisam buscar parcerias com entidades privadas de grande e médio porte. Contudo, ele observa, faltam canais para viabilizar essa interação. Viñau afirma que casos de sucesso surgem da parceria com entidades privadas, que além de aportarem recursos financeiros e transferirem infraestrutura, agregam valor trazendo para a parceria profissionais com experiência na gestão do negócio e na comercialização do conhecimento. “Apesar das restrições para obtenção de patentes [longo prazo para concessão, legislação restritiva e dificuldade de acesso à biodiversidade brasileira], cresce o número de pedidos seja nacional ou internacional”, afirma. A concentração de doutores e cientistas nas universidades e institutos de pesquisa faz com que haja uma concentração do depósito de patentes (67%) em nome dessas organizações. (Com informações do jornal Valor Econômico)

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