Um novo modelo de gestão e incentivo à inovação tecnológica está sendo colocado em prática nas instalações do parque tecnológico de São José dos Campos. A iniciativa foi inspirada no modelo de construção da indústria aeronáutica brasileira, que teve como base a criação do Centro Técnico Aeroespacial (CTA) e do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), diz o diretor do parque, Marco Antônio Raupp. Em dezembro, o parque de São José dos Campos teve o seu credenciamento definitivo do Sistema Paulista de Parques Tecnológicos. O local já recebeu cerca de R$ 1 bilhão em investimentos públicos e privados. Inaugurado em 2006, o parque abriga quatro Centros de Desenvolvimento Tecnológico (CDTs) que contam com empresas-âncora como Embraer, Vale Soluções em Energia (VSE) e Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Estão presentes também instituições de ensino e pesquisa, como o ITA e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). Entre os centros de desenvolvimento destaca-se o da Aeronáutica, que abriga dois laboratórios de ponta, únicos na América do Sul: um de estruturas leves e outro de integração de sistemas e software embarcado. Com investimentos de R$ 90,5 milhões, o laboratório de estruturas leves tem a missão de ajudar o país a dominar tecnologias de novos materiais, capazes de reduzir o peso das aeronaves e essenciais para manter a competitividade da indústria brasileira no cenário internacional, segundo seus administradores. O laboratório está em fase de implantação e a previsão é de que num prazo de um ano esteja completamente operacional. Quatro projetos de pesquisa serão desenvolvidos no local, com o apoio financeiro da Fapesp, Finep, Embraer e IPT: dois na área de compósitos (materiais compostos como fibras de carbono em matriz polimérica) e dois de estruturas metálicas. Nesta segunda-feira, 7, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, faz uma visita ao parque tecnológico de São José dos Campos, onde conhecerá o projeto da Embraer para o Centro de Desenvolvimento em Tecnologias Aeronáuticas e a proposta da Vale Soluções em Energia para o Centro de Desenvolvimento de Tecnologias em Energia, dedicado ao desenvolvimento de soluções energéticas inovadoras, eficientes e ambientalmente sustentáveis. A Vale também selecionou uma área no parque para construir uma das três unidades do seu Instituto Tecnológico Vale, instituição de pesquisa e ensino de pós-graduação voltada para a inovação em áreas estratégicas. Com investimento estimado em R$ 100 milhões, o instituto, segundo o diretor Luiz Mello, terá uma área construída de 30 mil metros quadrados. A inauguração está prevista para o segundo semestre de 2012. A Vale já opera uma unidade no parque, criada em dezembro de 2007, por meio de uma associação com o BNDES. A empresa está instalada em uma área de 100 mil metros quadrados, onde trabalham mais de 300 cientistas, engenheiros e técnicos. Suas atividades contemplam o desenvolvimento de equipamentos e sistemas de geração de energia e potência. (Com informações do jornal Valor Econômico)

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