A Região Nordeste tem experiências de sucesso de criação de parques tecnológicos. A mais visível é o Porto Digital, no Recife. As 250 empresas instaladas no centro histórico da capital de Pernambuco geram um faturamento anual de cerca de R$ 1 bilhão e empregam mais de 7 mil pessoas. Criado em 2000, o Porto Digital teve sucesso em revitalizar a área central do Recife e em atrair e criar empresas de tecnologia, aproveitando a mão de obra local, como a formada pela Universidade Federal de Pernambuco. As empresas recebem incentivos tributários para se instalarem no Porto Digital. A proximidade com outras companhias de tecnologia também acaba gerando oportunidades de negócios que não surgiriam em outros locais. Recentemente, o Porto Digital ampliou sua atuação da área de tecnologia da informação para a economia criativa. Foram escolhidas seis áreas multimídia, games, cinema, design, música e fotografia. “São as seis linguagens mais impactadas pela tecnologia da informação”, afirmou Francisco Saboya, presidente do Porto Digital. O Porto Mídia tem laboratórios de design e fotografia, animação e interatividade, edição de imagem, finalização, edição de áudio, pré-mixagem e correção de cor e mixagem. “Temos uma fila de 15 projetos de audiovisual para usar nossa estrutura”, disse Saboya. Interação Além da expansão para a economia criativa, o Porto Digital desenvolve um projeto para incentivar a inovação em empresas de outros setores. “O grau de interação com a indústria ainda é menor do que a gente gostaria”, disse o presidente do Porto Digital. “As grandes indústrias já têm suas plataformas de tecnologia da informação. Nossa estratégia é de aproximação com as indústrias regionais.” O Porto Digital é responsável pelo Núcleo de Apoio à Gestão da Inovação (Nagi), de Pernambuco. Com recursos da Finep, o Nagi oferece consultoria para 160 empresas, de oito setores da economia. Pioneirismo Um dos primeiros parques tecnológicos do Brasil foi instalado em Campina Grande, na Paraíba, em 1984. “Desde os anos 1980 já havia uma boa base científica e tecnológica na região”, disse Francilene Procópio Garcia, diretora-geral da Fundação Parque Tecnológico da Paraíba. “Antes mesmo do parque já havia algumas iniciativas de empresas de tecnologia.” As empresas da região são destaque em áreas como tecnologia da informação, certificação para o setor de saúde e novos materiais. O ambiente de pesquisa da região inclui a Universidade Federal da Paraíba, Universidade Federal de Campina Grande e a Embrapa Algodão. Segundo Francilene, a maioria da base empresarial ainda é de empresas de pequeno porte, na faixa de 40 a 50 funcionários. Uma das estratégias atuais é oferecer opções de financiamento para incentivar o crescimento dessas empresas. Aposta Existem também iniciativas recentes, como o Parque Tecnológico da Bahia, que começou a operar há um ano. O objetivo foi atrair empresas de fora e incentivar a inovação nas companhias baianas. Com a criação do parque, começaram a ser oferecidas bolsas de pesquisa de até R$ 14 mil e financiamento de equipamentos para pesquisa com recursos não reembolsáveis, além da própria infraestrutura do parque. Entre instituições de pesquisa e empresas, já existem 28 empreendimentos instalados no parque e 11 em processo de instalação. A incubadora Áity já tem 20 empresas, e tem um edital aberto para credenciar mais empresas. Em seu primeiro ano de operação, o parque instalado em Salvador gerou cerca de 450 empregos. (Com informações do O Estado de S. Paulo)

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