Os investimentos públicos e privados em pesquisa em saúde no país deverão chegar a R$ 13 bilhões nos próximos quatro anos o equivalente a quase 0,30% do PIB brasileiro. São cerca de R$ 2 bilhões por ano do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), mais R$ 400 milhões anuais provenientes dos ministérios da Saúde e da Ciência e Tecnologia e algo em torno de R$ 3 bilhões dos laboratórios farmacêuticos. A expectativa é que esses aportes tirem o Brasil do atraso que ameaçava ampliar a distância em relação aos países desenvolvidos em inovação no setor. A saúde responde por 35% da produção científica brasileira. O país, que ocupava a 22ª posição no mundo, hoje está em 13º lugar. “A pesquisa é uma agenda estratégica para o país para que possamos lidar com os grandes desafios em saúde pública do século 21. Temos indústria instalada, uma medicina avançada e o sexto mercado mundial de medicamentos. Agora, chegou o momento da inovação”, diz Carlos Gadelha, secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde. Os R$ 120 milhões previstos para este ano pelo Ministério da Saúde para a pesquisa representam um aumento de 230% em relação à dotação de três anos atrás. O valor dobra com a contrapartida do Ministério de Ciência e Tecnologia e dos estados e municípios e chega a R$ 400 milhões com os investimentos em inovação e produção. A agenda das pesquisas é pautada pelas necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Uma das principais áreas é a da pesquisa clínica para a introdução de novos medicamentos. Estão sendo mobilizados R$ 18 milhões principalmente na pesquisa de anticorpos monoclonais, considerado o futuro na luta contra o câncer. Um edital também de R$ 18 milhões incentiva as pesquisas em doenças típicas de países em desenvolvimento como malária, leishmaniose e dengue. Outros R$ 10 milhões são destinados à terapia celular, com o uso de células tronco. Mais R$ 20 milhões estão reservados às doenças crônicas cardiovasculares e do aparelho circulatório. O projeto Saúde Brasil 2030, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), aponta que “a infraestrutura científica e tecnológica, fundamental para a inovação no Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS), é fraca, uma vez que não é demandada pelas empresas, que quase não realizam pesquisa e desenvolvimento”. Outro diagnóstico do trabalho é de que as empresas do setor farmacêutico no Brasil apresentam investimentos reduzidos em atividades inovadoras. “A despeito da presença marcante de empresas americanas no mercado brasileiro, que representa 2% do mercado mundial, o país responde por 0,2% dos gastos em P&D dessas empresas”, indica o estudo. (Com informações do Valor Econômico)

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