O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na última sexta-feira, dia 29 de outubro, na sede da instituição no Rio de Janeiro (RJ), os dados da Pesquisa de Inovação Tecnológica (Pintec) 2008. De acordo com a pesquisa, o percentual de indústrias brasileiras inovadoras cresceu 21% nos últimos oito anos, saltando de 31,5% em 2000 para 38,1% em 2008, o que representa a maior taxa de inovação do setor desde que a pesquisa começou a ser realizada, em 2000. Naquele ano, o percentual foi de 31,5%, subindo para 33,3% em 2003 e 33,3% em 2005. Segundo a pesquisa, do total de 100.496 indústrias participantes do levantamento, ao todo, 38.299 implementaram um produto e/ou processo novo ou substancialmente aprimorado no período de 2006 a 2008. Porém, desse total, apenas 3.232 desenvolveram produtos ou serviços inovadores para o mercado nacional e somente 267 criaram inovações para o mercado mundial. “Ainda continua baixo o número de indústrias que lançam produtos e processos novos ou substancialmente aprimorados no mercado brasileiro e internacional”, avalia o diretor da Anpei, Olivio Ávila, que compareceu ao evento representando a entidade. “Isso é um sinal da baixa atividade tecnológica na grande maioria das empresas”, afirma. As indústrias com maior contingente de pessoal ocupado registraram taxas de inovação superiores as com menor número de funcionários. Das que possuem 500 ou mais empregados, 71,9% inovaram em produto ou processo, contra uma média de 38,1% de firmas com menor número de pessoas ocupadas. Os destaques da pesquisa foram as indústrias que desenvolvem atividades de média e alta intensidade tecnológica, como as automobilísticas, farmacêuticas e fabricantes de produtos químicos. As indústrias automobilísticas, por exemplo, registraram uma taxa de inovação de 83,2%. Por sua vez, nas indústrias farmacêuticas, esse percentual atingiu 63,7%. NOTA DA ANPEI – A Anpei defende a necessidade de estímulo à geração de produtos de alto valor agregado e com maior densidade tecnológica pelas indústrias brasileiras e o financiamento da empresa inovadora de pequeno e médio porte.