Como solução de um dos desafios propostos pelo Grupo Vamtec (leia o texto Vamtec quer reaproveitar gás e cinzas geradas pelo carvão mineral), os pesquisadores Adir José Moreira e Ronaldo Domingues Mansano, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), apresentaram nesta quarta-feira, durante o Encontro Itec 2015, organizado pela Anpei, uma tecnologia de desenvolvimento de células a combustível de baixo custo. Para isso, eles recorrem à nanotecnologia para reduzir o uso de materiais caros como a platina, comumente usada em outros processos de fabricação desses equipamentos. Segundo Moreira, cada dia que passa fica mais evidente que devem ser usadas fontes de energia renováveis, principalmente devido aos grandes desastres ambientais causados pelos combustíveis fósseis ou nucleares. Uma alternativa são as células a combustíveis, que funcionam como baterias ou pilhas e têm como vantagens ser muito eficientes, menos poluentes e mais duráveis. A grande desvantagem é seu custo, pois elas possuem em sua composição materiais caros, como a platina, explicou. Isso diminui a sua competitividade no mercado. Por isso, a proposta do trabalho do grupo da Poli-USP é reduzir a quantidade desses materiais caros, principalmente a platina. Ou trocar o tipo de membrana, polimérica, por uma de alumina, por exemplo, que é mais barata. Nós conseguimos isso depositando diretamente em cima da membrana um filme catalítico, ou seja, carbono com nanopartículas catalisadoras de platina, contou Moreira. Quando se coloca essas nanopartículas homogeneamente distribuídas, se consegue mais eficiência com menor custo. De acordo com Moreira, os processos atuais compactam as nanopartículas de platina e o carbono, o que faz com que elas não fiquem bem distribuídas, tornando-as menos eficientes. Há desperdício de material de alto custo, disse. Com o nosso processo conseguimos mais eficiência com menos platina. Entre os diferenciais desse método está a flexibilidade de processos com parâmetros de deposição diferentes, tornando possível controlar o tamanho, formato e distribuição de filme ou nanotubos de carbono e nanopartículas.

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