Além do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras (Cenpes), a Ilha do Fundão no Rio Janeiro deverá abrigar nos próximos anos outros centros tecnológicos de indústrias brasileiras e internacionais de máquinas e equipamentos e prestadoras de serviços na área de óleo e gás. A Petrobrás está exigindo como contrapartida de seus fornecedores interessados em participar de projetos tecnológicos para exploração do pré-sal que construam seus centros de P&D no Parque Tecnológico do Rio de Janeiro, que começou a ser construído em 2008 na Ilha do Fundão. Dissemos para vários fornecedores que estávamos interessados em seus produtos e serviços para os projetos tecnológicos do pré-sal, desde que a relação não fosse somente comercial, mas intelectual, o que pressupõe que eles construíssem seus centros tecnológicos no Brasil, revelou o gerente-executivo do Cenpes, Carlos Tadeu da Costa Fraga, durante a palestra que proferiu na X Conferência Anpei de Inovação Tecnológica. De acordo com Fraga, quatro grandes empresas fornecedoras do setor de óleo e gás, sendo três estrangeiras FMC, Schulemberger e Baker Hughes e uma brasileira, a Usiminas, já estão construindo seus centros tecnológicos na Ilha do Fundão. Ainda segundo Fraga, mais dez empresas já manifestaram o interesse em construir seus centros de P&D no local. Essas empresas contratarão pesquisadores brasileiros e se relacionarão diretamente com outros subfornecedores nacionais em projetos tecnológicos conjuntos, ressaltou. Mas esperamos que esses exemplos não sejam os únicos, disse. Além do pré-sal, o gerente-executivo do Cenpes atribui a atração dos centros de P&D de indústrias do setor de óleo e gás ao Brasil à construção, nos últimos anos, de laboratórios e centros experimentais por universidades e institutos de pesquisas que integram as 50 redes temáticas criadas pela Petrobras em 2006. O principal objetivo das redes, que envolvem 50 universidades e ICTs de 19 estados brasileiros, é dotar o País de um parque tecnológico de padrão mundial de excelência na área de energia. E, com isso, possibilitar que a Petrobras possa deixar de recorrer aos centros de pesquisa localizados, em sua maioria, no hemisfério norte, para realização de estudos e ensaios. Dessa forma, conseguimos ter um tempo de resposta menor e concentrar nessas instituições de pesquisa brasileiras a formação de recursos humanos com a qualidade e a quantidade que precisaremos para a exploração do pré-sal, explica. Os complexos desafios tecnológicos para explorar o pré-sal dependem de uma capacidade instalada no País para a inovação maior do que os recursos internos da Petrobras.

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