O presidente da Anpei, Carlos Eduardo Calmanovici, participou nesta sexta-feira (04/02) da primeira reunião do ano da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), movimento organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), na qual se discutiu uma agenda nacional para inovação. Também estiveram presentes os ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e da Ciência e Tecnologia e Aloizio Mercadante; os presidentes da CNI, Robson Braga de Andrade, e do BNDES, Luciano Coutinho, além de grandes empresários. Para Calmanovici, o encontro serviu também para mostrar que o País vive um momento positivo no que diz respeito à inovação tecnológica, com entendimento entre os setores público e privado. Segundo ele, além dessa integração, há um diagnóstico bem elaborado do que deve ser feito em termos de inovação, coincidente por parte do governo e do setor produtivo. “É um aspecto positivo essa convergência de diagnóstico”, avaliou Calmanovici. “Mas precisamos dar um passo além e partir para as ações que efetivamente vão colocar o Brasil numa posição diferenciada em termos de competitividade e de inovação. A sociedade está esperando um posicionamento efetivo da nossa parte, e nós mesmos estamos nos cobrando isso.” Calmanovici também comentou a agenda para a MEI, composta de 10 pontos, apresentada durante a reunião. Entre esses pontos estão a atração de centros de P&D de grandes empresas multinacionais para o Brasil, a internacionalização de empresas brasileiras, melhoria da infraestrutura pública para propriedade intelectual e a formação de recursos humanos para inovação. A agenda destaca também a necessidade de aprimoramento do marco legal para inovação, o apoio a projetos estruturantes de P&D em grande escala e o estímulo à inovação em empresas de pequeno porte. Para Calmanovici, essa agenda é “muito feliz”. “Ela realmente abrange os principais pontos da inovação”, disse. “São pontos que historicamente a Anpei vem trabalhando, mas agora obviamente num contexto muito mais amplo”. Ele destacou o fato de a agenda ter sido construída com a colaboração de todos os parceiros, inclusive a Anpei. “Existe uma convergência muito importante”. Por causa disso, Calmanovici ficou otimista em relação às perspectivas da inovação no País. “E agora ainda mais, porque se a indústria, que está propondo essa agenda, tem a conivência do setor público, que também se sente engajado e proprietário dessa agenda, quer dizer que nossas chances são muito boas”, explicou. “A perspectiva é muito positiva, porque há um alinhamento de todos os atores, empresa, governo e academia, que compõem o Sistema Nacional de Inovação”, disse. O presidente da Anpei acentuou, porém, que “as coisas precisam acontecer”, porque, apesar da expectativa positiva existente, há uma questão de urgência a ser considerada. “Não adianta mais se ter as soluções, apenas. Precisamos da aplicação dessas soluções rapidamente”, concluiu.