O presidente da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei), Gerson Valença Pinto, foi um dos convidados do painel sobre Financiamento e Inovação realizado durante o 6º Congresso Brasileiro de Inovação da Indústria no dia 13 de maio, em São Paulo. A sessão começou com duas apresentações de 20 minutos: a primeira da professora Mariana Mazzucato, da Universidade de Sussex (Inglaterra), e a segunda do professor Michael Schrage, do MIT. Participaram ainda da mesa o presidente da Finep, Luís Fernandes, o vice-presidente de operações da Embraer, Mauro Kern, e João Carlos Ferraz, representando o presidente do BNDES, Luciano Coutinho. O evento é organizado pele Sebrae e a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Mariana Mazzucato advogou a necessidade de um Estado indutor de inovação, proativo em todas as fases da cadeia inovadora, no qual haja horizontalidade nas conversas interinstitucionais. Já Michael Schrage ressaltou a importância do capital humano, e do entendimento acerca da contribuição dos clientes num mundo pontuado pelas mídias sociais e por aplicativos. Tomando parte no debate, Gerson Valença Pinto chamou atenção para alguns pontos importantes no fomento à inovação no Brasil. Estamos competindo também no mercado internacional, e precisamos ter esse olhar de mercado. Também há necessidade de trabalhar com mais empenho o círculo virtuoso ciência-tecnologia-inovação, fazendo com que os resultados desse arranjo cheguem à sociedade, gerando valor para ela. O presidente da Anpei insistiu no fato de que é preciso fomentar a inovação também nas pequenas e médias empresas. Não é uma elite que está fazendo inovação. Há uma mobillização mais ampla, que deve incluir todos os atores que estão inovando no país. Para ele, os principais pontos da agenda brasileira passam por entender a evolução do mercado e saber como nossas empresas se inserem nele (seja doméstico ou internacional), fomentar ambiente de capital empreendedor, incluindo as pequenas e médias empresas, formar novas conexões internacionais. A visão de mercado internacional deve estar presente nas agendas pública e privada. Todos os participantes ressaltaram o delicado momento econômico atual. Para Gerson Valença Pinto, momentos como este nos permitem olhar a realidade como ela é. Claro que as empresas estão fazendo investimentos com mais cautela, seja em infraestrutura, seja em inovação. Mas o contexto também pode ser visto como oportunidade: como é que a inovação vai ajudar a gente a sair dessa situação? Daí a importância da continuidade de programas como as linhas da Finep, e outros. Garantia de financiamento em momentos como este é muito importante.

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