O Brasil precisa dar um salto de qualidade no financiamento para ampliar e renovar o Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. Esse foi o tom da apresentação do presidente da Finep, Glauco Arbix, na reunião ampliada do Conselho Consultivo da empresa, realizada no dia 13 de abril, no Rio de Janeiro, e que contou com a participação de representantes do setor produtivo, do governo e da academia. A Anpei é membro do Conselho. Arbix falou sobre o esvaziamento dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), que sofre contingenciamentos há mais de uma década. É preciso reconhecer que há problemas estruturais no atual padrão de financiamento e devemos buscar respostas mais apropriadas para os problemas que se apresentam. Ele destacou ainda que é preciso refinar os estudos sobre o novo padrão de financiamento de C,T&I com apoio de profissionais especializados em finanças públicas, de forma a mudar o patamar do investimento destinado à C,T&I de maneira a adequá-lo ao novo modelo de desenvolvimento econômico. O presidente da Finep esclareceu que a necessidade de transformar a Finep em uma instituição financeira de direito não pode ser interpretada como uma opção da empresa de apoiar crédito em detrimento da pesquisa básica. Pelo contrário, é uma forma de consolidar nosso papel de financiadora de projetos nas áreas de ciência, tecnologia e inovação utilizando diferentes instrumentos de financiamento para os distintos setores e mercados, e de garantir o acesso a todos os tipos de fontes de recursos, afirmou. Para isso, é preciso dotar a Finep de mecanismos institucionais adequados que facilitem a sua inserção no segmento público do sistema financeiro nacional, prosseguiu. As sugestões de Arbix foram acolhidas por unanimidade entre os presentes à reunião, principalmente depois de o presidente ter exposto os grandes gargalos que impedem a expansão da área de C,T&I no Brasil e que se concentram fundamentalmente na escassez de recursos. O modelo atual de financiamento está extinto. Ou avançamos com novas propostas, ou não conseguiremos atender a enorme demanda reprimida que temos, acrescentou. Participaram da reunião os conselheiros Paulo Afonso Vieira (Ministério do Planejamento), Nelson Fujimoto (MDIC), Helena Tenório (BNDES), João Jornada (Inmetro), Otávio Velho e Wanderley Souza (SBPC), Rodrigo Costa (Afin), Luís Cláudio Frade (Anpei), Lindolpho Correa (ABCE), Flávio Roscoe (CNI), Alipio Leal (Consecti), Jaílson Bittencourt (ABC) e Isa Assef (Abipti). Também estavam no evento o presidente da Anpei, Carlos Eduardo Calmanovici , o presidente do CNPq, Glaucius Oliva, o vice-presidente do BNDES, João Carlos Ferraz, o presidente da CAPES, Jorge Guimarães, o reitor da UFRJ, Carlos Levi, que também representou a Andifes, Alberto Carlos Amadio, que representou o reitor da USP, João Grandino Rodas, Fernando Sandroni (Firjan), Aldo Nelson Bona (Abruem), Débora Foguel (UFRJ), José Ricardo Bergmann (PUC/RJ), e Segen Stefen (COPPE/UFRJ). (Com informações da Finep)

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