Na apresentação do Inova Empresa, feita hoje (14 de março), durante reunião da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), no Palácio do Planalto, em Brasília, a presidente Dilma Rousseff destacou que o principal avanço do programa está na promoção da articulação entre os diversos atores do Sistema Nacional de Inovação, e dos instrumentos para apoiar as atividades inovativas no Brasil. Para a presidente, o valor do investimento destinado ao programa não é o aspecto principal do Inova Empresa. A grande característica é o fato de integrarmos, colocarmos na mesma matriz todos os gastos, de todas as áreas do governo, e tornar esse projeto claro, afirmou. Segundo ela, o Inova Empresa não é um projeto tirado da cabeça da presidente, dos ministros ou empresários, mas da nossa articulação, daí a importância da interlocução entre os vários atores. Nenhuma agência de governo tem autorização para tratar como seu o recurso para inovação. Isso deve ser decidido de forma compartilhada, enfatizou. A Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) é um exemplo de casamento entre os setores público e privado, como definiu a presidente. A Embrapa é uma grande e bem sucedida iniciativa, mas a Embrapii tem um diferencial, que é a relação estreita entre empresas e órgãos de governo, de pesquisa. Precisa de uma relação mais híbrida do que precisou a Embrapa, compara. É um local de articulação de nossas relações que fará muita diferença, completou. A presidente também destacou as taxas de juros a serem ofertadas para inovação em financiamentos reembolsáveis. O risco da inovação é maior, isso é um fato. Também é fato de que temos, em outros países, um investimento maior do setor privado, e quando olhamos quanto do investimento público resulta em indução do investimento privado em inovação, vemos que o nosso é baixo, constatou. Isso é preocupante e precisamos entender por que [isso acontece]. Uma das questões está ligada aos recursos reembolsáveis, pois as condições de financiamento são essenciais, comentou. Daí o Inova Empresa estar oferecendo juros subsidiados, maiores taxas de carência e outros benefícios. Outro aspecto mencionado pela presidente foi o apoio às pequenas e micro empresas. Segundo ela, a valorização das MPEs é um aspecto que preocupa diversos países que pôde visitar. As empresas start ups precisam pensar grande, começar pequeno e agir rápido, daí ter política de incentivo é importante para elas, disse. Ela defendeu que a política para MPEs seja mais integrada, unificada, focada, e disse que o aprimoramento faz parte do processo de aprendizado sobre o que vai funcionar ou não dentro do Inova Empresa. A presidente também adiantou que vai lançar, junto com o Plano Safra, programa para apoiar a agricultura nacional, uma ação para apoiar a inovação no setor agropecuário que vai além dos R$ 3 bilhões previstos para o segmento no Inova Empresa. Essa área exige do Brasil esforços muito maiores de inovação. Temos fronteiras não atingidas em inovação nessa área. São poucas, mas temos de avançar, afirmou. Por fim, ela falou da Medida Provisória 592/2012, que destina 100% dos royalties da exploração do petróleo para a educação. A aprovação da MP seria muito importante. Estados e municípios não vão conseguir enfrentar a questão da educação sem ter os recursos, disse.

Av. Prof. Almeida Prado, 532
Prédio 53 – Butantã – 05508-901
Comunicação: comunicacao@anpei.org.br
Gabriela – +55 11 98886-6581
relacionamento@anpei.org.br
© 2024 ANPEI - Todos os direitos reservados.