Profissionais que atuam em Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) de sete instituições de pesquisa do estado de São Paulo estão sendo capacitados, desde o início do ano, em temas como análise, qualificação, comercialização e valoração de tecnologias; estudo de mercado e técnicas de negociação. Os treinamentos, conduzidos pela Inventta, ocorrem no formato de workshop. A iniciativa faz parte do Pró-Inova São Paulo programa da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) que tem o objetivo de consolidar e desenvolver processos e estratégias dos NITs de diferentes instituições de pesquisas, integrando-os em redes de relacionamento para desenvolver práticas de transferência de tecnologia. Com as capacitações, trabalhamos uma visão mais mercadológica e crítica nas instituições, o que permitirá melhor priorizar tecnologias pesquisadas e desenvolvidas, destaca Paulo Roberto F. de Carvalho, gerente do projeto. Queremos estabelecer uma rede robusta e abrangente, que se apresentará de maneira mais completa e padronizada ao mercado, favorecendo a implementação de parcerias de sucesso, complementa. Os NITs contemplados pelo programa estão localizados em dois centros de pesquisa (IPT e CTA) e em cinco universidades, sendo três estaduais (Unesp, USP e Unicamp) e duas federais (UFSCar e Unifesp). São instituições altamente conceituadas, responsáveis por boa parte do conhecimento gerado no País, avalia Guilherme Pereira, coordenador de projetos da Inventta. Cada workshop é ministrado em uma instituição diferente e reúne, em média, 50 participantes. Para facilitar, os profissionais dos NITs podem acompanhar por vídeo conferência. O objetivo é facilitar a mobilidade, pois existe uma complexidade logística para a integração entre os diversos campi, explica Guilherme. A expectativa é de que as capacitações sejam finalizadas em novembro. Todos os módulos priorizam exemplos práticos, dinâmicas e situações cotidianas, com o objetivo de desenvolver as competências necessárias aos profissionais que trabalham nos NITs. Contar com a experiência de uma instituição que já trabalha focada nas demandas e urgências do mercado, como a Inventta, é de suma importância para incentivar a interação entre centros de pesquisa e empresas, avalia Paulo Roberto. Além de ministrar os workshops, a Inventta realiza visitas periódicas aos sete NITs participantes. Oferecemos suporte e acompanhamento bastante próximo para que as informações relevantes sejam repassadas e todas as dúvidas sejam sanadas, conta Guilherme. Cada NIT recebe, em média, uma visita da equipe da Inventta por mês, além do acompanhamento à distância realizado pelos consultores. Melhores práticas Com o aumento das interações e parcerias com empresas, os NITs precisam desenvolver e implantar soluções para priorizar determinadas atividades e otimizar metodologias, mantendo a mesma qualidade. A troca de experiências entre os profissionais das diferentes instituições, promovida nos workshops, facilita a identificação e difusão de boas práticas, destaca Paulo Roberto. A integração entre os NITs possibilita a avaliação e comparação das metodologias e processos usualmente empregados. É uma espécie de benchmarking interno, que atuará como um delineador das propostas a serem adotadas, considerando a diversidade de cada instituição participante, complementa Paulo Roberto. Antes de iniciar o ciclo de workshops, foram realizadas entrevistas com os profissionais dos NITs. É um momento importante para compreender melhor a dinâmica das instituições, identificar boas práticas e mapear as competências que podem ser desenvolvidas, explica Guilherme. O programa de treinamentos elaborado pela Inventta também contempla a disseminação de práticas e processos empregados em NITs de outros países que são considerados como referência internacional. Além de capacitar e integrar pesquisadores de diferentes instituições, o Pró-Inova visa a mapear e comercializar tecnologias desenvolvidas nas instituições participantes. Paralelamente à internalização das boas práticas, definidas ao longo do projeto, estão sendo realizadas a seleção e a priorização de tecnologias, conta Paulo Roberto. O objetivo é atender às demandas tecnológicas e de inovação impostas pelo mercado. A etapa seguinte será voltada para negociação e criação de parcerias com empresas, com o objetivo de efetuar a transferência de tecnologias. A expectativa é de que haja um aumento no número de produtos que chegam ao mercado, provenientes de parcerias entre NITs e empresas, aumentando a conversão do conhecimento em inovação, destaca Paulo Roberto. (Fonte: Instituto Inovação)

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