Aumentar os lucros de uma empresa em 30% em apenas um ano é o desejo de boa parte do empresariado. Mas não é tarefa fácil. Para o dono da amazonense Aga Móveis Ltda, Gilberto Tavares de Sousa, e para Reinaldo Salmen, dono da paraense RS Modulados, o objetivo foi conquistado em 2012 com a ajuda do projeto Rede de Serviços Tecnológicos (RST) do Sebrae. “Nosso objetivo era crescer 30% mas sem a RST essa expansão demoraria a acontecer”, diz Sousa. O projeto do Sebrae, que está entrando em sua segunda etapa neste semestre, tem forte potencial para acelerar a produtividade, o nível de competitividade e o padrão de qualidade das empresas participantes. O projeto piloto foi iniciado em 2009, em Manaus (AM) e Belém (PA) e, até o ano passado, era voltado apenas a companhias do setor de madeira e móveis. A partir deste segundo semestre, o RST está sendo ampliado e passa a atender empresas do setor de couro e calçado, além de expandir a sua atuação para outros cinco Estados (Minas Gerais, Paraná, Paraíba, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). O diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, afirma que um dos principais objetivos do projeto é tornar a empresa brasileira mais competitiva em termos globais, independentemente do produto ser ou não exportado. “Nossos produtos precisam ter qualidade e preço competitivo, porque estamos sob concorrência internacional”, afirmou. Segundo Santos, até junho de 2016, quando está previsto o término desta etapa, serão atendidas 1.214 pequenas empresas desses cinco Estados. Somente neste segundo semestre, o Sebrae vai investir R$ 2 milhões de um total previsto de R$ 16 milhões. O projeto total, com investimentos de governos e parceiros, pode ultrapassar os R$ 50 milhões. São parceiros neste projeto o Centro Tecnológico para o Setor de Madeira e Móveis (Cosmob) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A Cosmob fica na Itália e contribui com a tecnologia que envolve as empresas do setor calçadista. O BID entra com recursos financeiros. “Um agente local de inovação visita as empresas mapeadas para fazer um diagnóstico e identificar o seu grau de inovação. Depois, desenvolvemos um plano de trabalho com a empresa para a inovação e melhoria das etapas de produção”, explica Santos. A expectativa do Sebrae, até o final do projeto, é de que as empresas atendidas possam aumentar em 16% o grau de inovação, em 22% o nível de competitividade e em 8% a produtividade. Gilberto Tavares de Sousa revela que desde que começou a integrar o projeto sua empresa passou por várias mudanças, desde visual até na preparação para obter a certificação ISO 9000. “O Sebrae nos preparou para participar de um edital de inovação de produtos no nosso Estado e vencemos. Isso nos trouxe mais clientes, houve um ganho para a empresa e conseguimos aumentar nosso lucro”, destacou. Já Salmen, que participou da primeira fase do projeto com outros 350 empresários, viu seu faturamento crescer em cerca de 25%. Ele revela que com as novas técnicas de produção aprendidas com a RST, conseguiu reduzir a zero o desperdício de material, que antes chegava a 30%. Salmen foi orientado a substituir o maquinário manual por tecnologia de ponta e, com isso, ganhou competitividade e conseguiu conquistar novos mercados e clientes. “Agora, as sobras de madeira são transformadas em painéis de decoração utilizando a técnica de mosaico. O desperdício é zero”, disse, acrescentando ainda que o mercado internacional também é um objetivo a ser alcançado. (Com informações do Valor Econômico)

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