O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marco Antonio Raupp, apontou alguns entraves para a inovação no Brasil, tais como a falta de políticas públicas, o baixo envolvimento empresarial e a pós-graduação centrada no conhecimento acadêmico. Raupp falou sobre os gargalos que afetam as atividades de inovação no Brasil durante aula inaugural do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), onde realizou a palestra Ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento sustentável do Brasil, no dia 16 de março. A reduzida atenção das políticas públicas para pesquisa tecnológica e para a geração de inovação talvez seja a melhor explicação para o acanhado desempenho do Brasil nesse setor, disse o ministro, que também destacou o baixo envolvimento do setor empresarial. Apesar dos progressos alcançados, a grande preocupação desse setor [empresarial] é o custo Brasil, que inibe ou inviabiliza investimentos, justifica, acrescentando que as empresas também sofrem com modestos incentivos fiscais e legislação pouco amigável. Raupp também levou em consideração o perfil da pós-graduação brasileira, que ainda hoje atribui pouco valor à formação tecnológica. Somente há pouco tempo vem sendo reforçada a necessidade de formação de novos engenheiros, um dos gargalos para o nosso desenvolvimento em C,T&I, ressalta. Raupp disse que pretende que C,T&I sejam o motor do desenvolvimento sustentável do País. Ele destacou que a cooperação com o setor empresarial é capítulo fundamental da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (ENCTI). Citou como exemplos bem sucedidos as áreas de agronegócio, energia, aviação, tecnologia da informação, petróleo e gás, bioetanol e os sistemas de interação, como o bancário e o eleitoral. Entre os desafios da ENCTI, Raupp sublinhou a redução da defasagem científica e tecnológica que nos separa de países mais desenvolvidos; a expansão e consolidação da liderança brasileira no conhecimento natural; a ampliação da base para sustentabilidade ambiental e desenvolvimento de economia de baixo carbono; uma maior inserção internacional e multidisciplinaridade; e a superação da pobreza e redução das desigualdades sociais regionais. Para vencer os desafios, Raupp julga necessário o fortalecimento da base de sustentação das políticas C,T&I, o que passa pela promoção da inovação, pela formação e capacitação de recursos humanos e pelo fortalecimento da pesquisa e da infraestrutura científica tecnológica do País. (Com informações do Jornal da Ciência)

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