Contratar um engenheiro no Brasil é mais caro ou mais barato do que contratar um engenheiro nos Estados Unidos? Mais caro. Quem encontrou essa resposta surpreendente na experiência internacional de uma empresa brasileira foi Wolney Betiol, fundador e membro do Conselho de Administração da Bematech. Ele mesmo, formado em engenharia industrial elétrica pelo Cefet do Paraná, é parte do grupo ainda pequeno de empresários brasileiros capazes de tirar partido efetivo da inovação. Sua companhia, que nasceu em 1990 de um projeto de pesquisa em uma universidade, passou pela incubação e recebeu investimento de venture capital, é hoje uma média empresa internacional e uma das líderes em desenvolvimento e produção de tecnologias para automação no varejo, com faturamento de R$ 397 milhões em 2009. A área de pesquisa e desenvolvimento (P&D) da Bematech é dividida entre engenheiros que atuam no Brasil, localizados em sua sede, em Curitiba (PR), e também em Campinas (SP). Outro grupo trabalha em Taipei, Taiwan, e há um terceiro em Nova Iorque, nos Estados Unidos. A comparação No Brasil, conta Betiol, a empresa tem 50 engenheiros. Nos EUA, a equipe tem 20 profissionais. Em Taiwan, são 10 a 15 profissionais, dependendo do volume de projetos de desenvolvimento em execução. Para um engenheiro em Curitiba, o custo da Bematech atualmente é de US$ 33 a hora trabalhada. Em Campinas, US$ 50, a hora. Nos EUA, são US$ 48 a hora, e em Taiwan, US$ 17. Esses são valores para engenheiros de software com cinco ou seis anos de formados, portanto, capazes de tocar um projeto de desenvolvimento de tecnologia. Há também uma questão de produtividade, explicou ele. No Brasil, o desenvolvimento de uma placa de laptop, por exemplo, leva de três a quatro semanas. Nos Estados Unidos, entre o início do projeto numa tela de computador e a produção de uma placa para testes, os engenheiros gastam 24 horas. Em Taipei, são 48 horas. Um engenheiro brasileiro tem salário de US$ 130 mil por ano, contando encargos, e um mês de férias. Um engenheiro do Vale do Silício (EUA) recebe US$ 120 mil por ano, e tem uma semana de férias. (Fonte: Inovação Unicamp)

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